Amigos e familiares relembram com carinho do radialista alegre que tinha no esporte uma de suas paixões
Faleceu no último domingo, 11, vítima de um acidente vascular cerebral (AVC), o radialista montenegrino Itacir Martins, aos 61 anos. Ele deixou quatro filhos: Jônatas, David, Éderson e Rodrigo. Itacir estava internado há duas semanas, em coma, no Hospital Montenegro.
Tendo atuado como industriário, bancário e vendedor, ele encontrou na profissão de radialista sua paixão. Com amor em especial pelo esporte, Itacir atuou como comentarista e contribuiu com a comunidade montenegrina quando ocupou os cargos de diretor de patrimônio e cultura e desporto municipal.
Atuando por mais de 20 anos ao lado de Itacir, o colega de profissão José Alfredo Schmitz lamenta o falecimento do amigo e descreve sua boa vontade com o trabalho e a comunidade. “Não media esforços. Ele sempre estava pronto para tudo. Dedicado à família e amigos, espontâneo e lutador. Tinha um coração grande, do tamanho de Montenegro. Deixa bastante saudade aqui para a gente”, relata.
O irmão mais velho Selomar Martins também salienta a grande estima que Itacir tinha no município não apenas pelo trabalho desenvolvido nos quase 30 anos de ofício, mas também pela pessoa que era.
Ele ainda comentou a carreira construída pelo irmão como repórter, radialista e comentarista em diversos veículos de comunicação da cidade e em editorias como política e esporte. “Ele sempre foi muito solícito e prestativo a quem quer que precisasse”, conclui.
O corpo do radialista foi velado na sala B da Capela São João, da Funerária Vargas, pela manhã e parte da tarde de ontem. O enterro foi às 16h no cemitério de Montenegro.
“A marca registrada dele era a fala alta…”, lembra o filho
Entre os amigos, conhecidos e familiares a opinião é unânime: Itacir foi um homem de bom coração. Longe dos holofotes e da profissão, era alguém que buscava ajudar as pessoas. O filho Éderson Farias Martins, 30 anos, nutre boas lembranças do pai atencioso e divertido que foi Itacir. “E a marca registrada dele era a fala alta. Ele tinha um bom discurso, era bom com as palavras. E amava futebol. Valorizava e incentivava o esporte local, da região mesmo. Era muito envolvido com o movimento futebolístico”, destaca Éderson.
Das boas recordações de infância, relembra os jogos de futebol na rua e quando o pai os cuidava à noite, enquanto a mãe trabalhava. “Nos dava banho, janta e quando a mãe chegava, já estávamos prontos, deitados para dormir”, relembra.
Flaviane Marques, 23 anos, companheira de Itacir e mãe de seu filho mais novo, Rodrigo, que completará 5 anos em abril, fala com doçura do homem com quem conviveu por sete anos.
“Pessoa de bom coração, sempre disposta a auxiliar. Amava muito todos os quatro filhos”, diz. A jovem destacou toda a paixão do companheiro pela profissão e pelo esporte e gravou na memória a despedida que ele usava a cada fim de programa na rádio: “diga-me tchau, fui-me”.
“Eu tenho uma lembrança feliz dele na praia, transmitindo o Bolamar, que era o que ele mais gostava de fazer. Era de sua personalidade agir sempre pelo bem do próximo, fazendo campanhas para arrecadar ranchos, material escolar”, conclui.
Amigo do radialista há 13 anos por intermédio de um de seus filhos, Vlacir dos Santos evidencia o homem alegre, bom, sempre envolvido com o meio esportivo. “Totalmente do bem, só tinha coisas boas”, destaca.