Moradores ribeirinhos se preparam para cheia do Caí

Seu Décio deixou as embarcações prontas à espera da cheia do Caí

O Rio Caí segue subindo, em média, 10 cm por hora  em Montenegro. Nesta quarta-feira, 8, às 16m30min, a medição marcava 6,58m no Passo do Montenegro. A estimativa é de enchente de médio porte no município, segundo Elton José Santos da Silva, coordenador da Defesa Civil de Montenegro. Ele ainda afirma que já há cinco abrigados no ginásio da escola Walter Belian e um desabrigado. Já a empresa Tanac pontua que a enchente deve ser de nível grande e projeta 6m para amanhã. Às 17h de hoje, a medição por lá era de 4,61m.

Morador da rua Álvaro de Moraes, na beira do Rio Caí há mais de 15 anos, Décio Dallegrave, 80, comenta que já está adaptado às cheias. Ele acredita, assim como afirma a Defesa Civil, que a enchente será média dessa vez, mas já se prepara. Com lancha e dois caícos, seu Décio diz que se preocupa mesmo é com a locomoção nesse momento. “A gente está preparado para isso. Não temos muito problema. Dá sujeira e lixo depois, mas aí nos resta esperar passar e limpar, cada um a sua parte por aqui”, pontua.

Ele e o filho Gilson Dallegrave, 57, contam que a água nunca chegou a entrar em casa, que tem uma boa altura, mesmo na maior enchente em que vivenciaram, em 2007.

Marlete passou a tarde se preparando, erguendo as coisas do porão e limpando o caíco

Já Marlete de Oliveira, 45, moradora da rua Otaviano Moogen, no Industrial, passou a tarde se preparando para as cheias previstas. A casa, que fica no alto, tem objetos embaixo. Marlete conta que o dia serviu para “erguer” tudo. “A gente está se preparando. É melhor que não suba a água, claro, mas se a enchente vem, estamos prontos. Cansamos de achar que não daria enchente e não arrumar nada para no fim vir e nos pegar se surpresa”, conta. Todo o cuidado é pouco. “A gente já não tem muita coisa, é melhor cuidar do que temos”, pontua.

Ela relata que a família adquiriu um caíco e ainda construiu outro por conta, assim, em caso de necessidade, um servirá para ela e o marido, e outro para o filho que mora ao lado. Marlene cresceu próxima ao rio Caí e já se adaptou à situação, então, monitora o rio pouco a pouco. “Eu controlo. Vou lá e confiro a situação e eu vi que está subindo rápido”, opina.

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