Moradores pedem retorno de parada de ônibus

Insegurança. Uma nova alternativa foi dada aos cidadãos, mas em um local onde há consumo de drogas e prostituição

Um grupo de cerca de 10 moradores do bairro Cinco de Maio luta para ter de volta um ponto de ônibus na Avenida Ernesto Pop, logo abaixo do Cemitério Municipal, em Montenegro. De acordo com os cidadãos, a alteração no local acabou interferindo na rotina de muita gente. Hoje, os usuários aguardam o transporte público em frente ao cemitério, o que gera medo e insegurança, devido ao consumo de drogas e à prostituição naquele local.

Insatisfeitos, os contribuintes pedem providências ao Governo Municipal e à Vimsa. “A gente só quer a nossa parada de volta. Nós já ligamos para a Viação Montenegro, falamos com vereador, pessoal da Prefeitura. A Viação Montenegro nos alega que a Prefeitura diz que aqui é um lugar de risco de acidente, mas eu moro aqui há 24 anos e nunca deu acidente com passageiro e nem com ônibus”, relata o comerciante Juarez Henrique Klumann, de 52 anos. Ele argumenta que o ponto de embarque era usado por um grande número de passageiros. “Essa parada faz falta porque é usada por moradores da Travessa José Pedro Steigleder, da rua Padre José de Anchieta e da Balduíno Rambo. Nós queremos o ponto para parada do circular e da linha Porto Alegre. Não precisa nem de abrigo, só o ponto nos chega”, solicita.

“Como uma senhora vai pegar ônibus de noite naquele local, se há assaltos lá, enquanto que aqui nunca ninguém foi assaltado na parada? Eu acho que eles não estão preocupados com a população”, argumenta Juarez. O comerciante indica a construção de um refúgio no local, assim, o risco de acidentes seria ainda menor.

O casal de idosos que mora em frente ao local onde havia o antigo ponto alega não ter condições de se deslocar para esperar ônibus em pontos longe de casa. “Não sou contra a mudança, mas houve um mau planejamento”, acredita Sidney Dutra Gomes, de 78 anos. Para ele, há demanda de passageiros para todos os ônibus que possam passar por lá.

A aposentada Maria Gessi Gomes também está insatisfeita com a situação. “Eu tenho 75 anos, como é que vou ficar indo lá longe pra pegar ônibus?”, questiona. Os cidadãos afirmam que, se nenhuma providência for tomada, irão fazer um abaixo assinado.

Pedido negado pela Prefeitura
Questionada sobre a demanda da comunidade, a Viação Montenegro informou que a empresa não tem ingerência na definição da localização de pontos de parada, e que isso é prerrogativa dos órgãos públicos. “Realmente o local é de grande afluência de passageiros para embarque e desembarque em diversas linhas. Também reconhecemos que o antigo local da parada, tecnicamente é de grande risco de acidentes, considerando que é uma avenida com estreitamento de pista, próximo a rotatória, em curva e declive. Quanto à segurança, a de se considerar que o atual local é em frente ao posto dos bombeiros. É inegável que o antigo local favorece a maioria dos usuários oriundos principalmente da Travessa Imigrantes”, acrescenta a Vimsa.

O diretor de Transporte e Trânsito, da prefeitura local, Airton Vargas, diz que neste momento não será recolocado o ponto de embarque e desembarque naquele local. A justificativa dada por ele é de que o trecho da Av. Ernesto Popp, do final do estacionamento  oblíquo (cemitério) até a rotatória com a  Av. Júlio Renner tem a caixa viária estreita, por este motivo foi retirado o ponto de embarque e desembarque e também tem a conversão da rua Balduíno Rambor. Além disso, a declividade que aumenta a velocidade imposta por alguns condutores.

Quanto a possibilidade de construção de “bainha” para embarque e desembarque, o assunto será encaminhado ao corpo técnico para estudos. O diretor acredita que uma boa opção para os moradores seja o embarque na Av. Júlio Renner próximo a Rua José Pedro Steigleder, onde recentemente foi instalado um abrigo de ônibus.

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