Área verde propícia para projeto está sendo utilizada por morador
Os moradores do bairro Santo Antônio, Luiz Carlos Silveira, Paulo Silveira e Jorge Silveira recorreram à Câmara de Vereadores para resolver uma situação que vêm gerando problemas na rua em que moram, a Dr. Plinio Daudt de Azevedo. Estando entre os mais antigos moradores do bairro, os três, voluntariamente, sempre realizaram reparos na rua e em uma área verde. Há pelo menos cinco anos, isso não tem corrido bem. Luiz descreve que um morador foi se instalando lentamente na área e até já cercou o local, impedindo os vizinhos de seguirem realizando os reparos necessários por conta própria. “Diz que tem documento do local em seu nome e tudo”, acrescenta.
A situação foi pauta na Câmara nesta quarta-feira, 14, em reunião proposta pelo vereador Talis Ferreira. Além dele e os moradores, estiveram presentes as integrantes da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SMMA), Lisandra Kerber e Fernanda Kirst; Silvio Kael, diretor de Contratos e Convênios e Rafael Cruz, secretário de Gestão e Planejamento. A ideia levada até a reunião pelos moradores é a possibilidade de utilizar o espaço público, que é do Município, para fazer uma praça. Talis pontua que, inicialmente, pode ocorrer apenas a colocação de bancos, por exemplo, no local. “Colocar lá alguma coisa que caracterize para evitar invasões como está ocorrendo”, diz.
Luiz lembra, ainda, que o morador que está fechando o espaço já foi notificado sobre a situação irregular pela SMMA, mas nada mudou. “Fomos proibidos de entrar em um espaço público que nós cuidamos a vida toda”, desabafa. Paulo Silveira também pede solução para a situação. “Não vamos deixar alguém tomar conta de tudo desse jeito”, afirma.
Silvio Kael pontua que o primeiro passo é localizar a área e fiscalizar, pois, como é de responsabilidade do Município, não pode haver instalações no local. “As pessoas não podem se apropriar assim do que não é delas”, enfatiza Rafael Cruz. Sobre a possibilidade da praça, Silvio destaca que precisa haver uma análise. “Se a área for considerada Área de Preservação Permanente, ela é quase intocável”, relembra. Caso contrário, as integrantes da SMMA, Lisandra e Fernanda, explicam que pode haver desenvolvimento de algum projeto para aprovação.
A fiscalização da Secretaria Municipal de Meio Ambiente esteve no local verificando a situação. Na hora, foi emitido um auto de infração para que seja removida a pequena cerca colocada junto à rua e a estrutura de madeira, onde era deixado um veículo. Se a retirada não ocorrer, serão adotadas as medidas legais.