Montenegro se despede de doutor Kurt, falecido aos 97 anos de idade

Aos 97 anos de idade, faleceu na tarde dessa quarta-feira, 3 de fevereiro, o médico Kurt Cristiano Heller, um dos mais antigos e tradicionais profissionais da saúde de Montenegro e do Vale do Caí. O sepultamento ocorreu na manhã dessa quinta-feira, no cemitério da cidade. Ele deixa a esposa, Alice Heller, seis filhos, doze netos e muitos amigos e pacientes que carregarão seu nome na memória.

“Ele era realmente uma pessoa incrível em muitos aspectos”, lembra a neta Carine Würch. “Como ser humano, como médico; um excelente avô, pai; o tipo de pessoa que a gente gostaria de ser.” Doutor Kurt estava internado há cerca de dez dias no Hospital Unimed Vale do Caí e, segundo a neta, já era considerado curado, mas acabou falecendo por complicações decorrentes da Covid-19.

A Unimed Vale do Caí – da qual o médico foi um dos fundadores em 1972 – emitiu uma nota de pesar sobre a perda de Heller. “Sempre gostei de parar e escutar suas histórias, ricas de informações, detalhes e clareza de ideias. Refletiam a seu grande conhecimento da vida e otimismo contagiante”, disse o presidente da cooperativa, Everton Machado Bochi. “O doutor Kurt, um homem de grandes realizações na vida pessoal, familiar e profissional, pra mim é exemplo a ser admirado e seguido”.

O prefeito em exercício, Cristiano Braatz, também lamentou o falecimento, lembrando da dedicação profissional do médico que, mesmo já na terceira idade, ainda se dedicava a sua profissão. “O doutor Kurt foi uma pessoa dinâmica, mas de uma humanidade exemplar. Uma daquelas pessoas que fazem falta à cidade e a todos que o conheceram”, definiu.

Nascido em Montenegro em setembro de 1923, Kurt iniciou seus estudos na Faculdade de Medicina de Porto Alegre aos 21 anos de idade. Como médico, formado em 1949, trabalhou em Três Passos, aqui no Estado, e também no Paraná, onde atuou por 20 anos, sendo um dos responsáveis pela instalação do hospital em Alto Paraná, até o seu retorno. Ao todo, exerceu a medicina por cerca de 70 anos até a aposentadoria, em 2019.

“Ele era uma pessoa que tinha toda a decência que a gente sempre prezou muito como ser humano; e ele também era muito curioso para as novidades”, recorda a neta Carine. “Tanto que ele tinha Facebook e escrevia pra gente com 90 e tantos anos. Ele estava sempre a frente do seu tempo.”

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