A 12ª edição do Sábado Bandido — evento que compartilha paixão por carros e, ao mesmo tempo, permite a realização de manobras radicais — teve a participação de três feras da região em cujas veias corre ferrugem. Integrantes da comissão organizadora da Quinta Insana, os montenegrinos Diogo Leindecker e Vagner Rodrigo, o Perereca, além do caiense o Rogério Fuhr, o Furão do Caí Auto Som, estiveram no Parque da Fenachamp, em Garibaldi, acelerando suas máquinas de seis e oito cilindros até, literalmente, fritarem os pneus no pavimento.
Dono de uma F100 ano 1955, restaurada e envenenada com motor V8, Diogo conta que o Sábado Bandido é considerado o maior evento de “burnout” do Brasil, a ponto de tornar-se referência até nos Estados Unidos, onde a cultura dos borrachões de carros potentes é forte. “Passamos o tempo ‘mexendo’ nos motores dos autos, mas devido à segurança não podemos dar aquela fritada de pneus nas ruas. Então, ir ao Sábado Bandido, onde se é autorizado a derreter, é demais. Se acelera fundo e se frita os pneus de verdade”, ressalta o jovem.
A exposição em Garibaldi teve todo tipo de relíquia antiga — inclusive alguns moradores de Pareci Novo ligados ao grupo Black Cat Cruisers —, mas somente carros com seis e oito “canecos” puderam entrar na arena do evento. O mais bacana é que a maioria são autos clássicos, mas havia, por exemplo, até Porsche e Mustang contemporâneos dando show para o público na terra do espumante. “São milhares de pessoas assistindo. A galera vai à loucura, sem contar que tudo é mais seguro”, conta o montenegrino. Os pneus usados no burnout normalmente são procedentes de descarte, até porque senão a brincadeira ficaria bem cara.
Além da F100 de Diogo, queimaram borracha na Fenachamp a Caravan 1979 de Perereca, que se destaca pelo motor turbo de seis cilindros, e o Opala 1976 de propriedade de Furão, que traz debaixo do capô máquina de seis cilindros aspirada e forjada.