Montenegro é a 22ª cidade com mais mortes no trânsito no RS

Diretor-geral do Detran/RS, Ildo Mario Szinvelski afirma que os condutores precisam mudar seu comportamento para que índices sejam ainda menores

Desde o início do ano, em rodovias que cruzam por Montenegro, já foram registradas 16 mortes em decorrência de acidentes de trânsito. Destes, seis foram em estaduais, oito em federais e três em municipais. O dado está disponível no site do Departamento Estadual de Trânsito (Detran/RS) e traz informações até o mês de outubro.

Neste ano, até o período, o Detran já havia contabilizado 1.304 mortes em rodovias gaúchas. Porto Alegre lidera a lista e Montenegro aparece em 22º colocação, atrás de cidades como São Leopoldo, Novo Hamburgo, Santa Maria e Passo Fundo.

Em 2016, as vidas de 1.680 pessoas foram ceifadas em 1.519 acidentes de trânsito. No ano anterior, o número foi maior, 1.735 óbitos em 1.531 casos. As principais vítimas têm entre 30 e 49 anos de idade, e a maioria dos acidentes fatais ocorre dentro das cidades. Porto Alegre lidera essa listagem.

Ainda em 2016, houve um aumento de 4% nas mortes de pessoas nessa faixa etária. Nas demais faixas etárias (dos 0 aos 14 anos, dos 15 aos 17 anos, dos 18 aos 29 anos, dos 60 aos 69 anos) houve diminuição.

Em todo o Estado, apenas no último fim de semana, foram registradas 14 mortes no trânsito. Nove em trechos federias e cinco em estaduais. Quatro destes casos aconteceram na região. Na ERS-240, onde duas pessoas morreram, na RS-122, em São Sebastião do Caí, onde um homem foi atropelado, e na ERS-124, onde uma pessoa morreu.

Diretor Ildo Mario Szinvelski

De acordo com o diretor-geral do DetranRS, Ildo Mario Szinvelski os casos do fim de semana tiveram como principal agente causador a imprudência e a chuva. “Precisamos analisar contextualmente e pontualmente. No caso do final de semana, se observarmos, os acidentes ocorreram em decorrência de chuva”, aponta.

“Velocidade é a principal causa de acidentes”
A afirmação é de Szinvelski e corrobora com especialistas em trânsito, que defendem, ainda, que os acidentes são considerados como um “disfuncionamento” do sistema homem – veículo – via e meio ambiente. “É questão do cumprimento da lei, de respeitar a sinalização, respeitar a velocidade e não beber e dirigir. O motorista precisa compreender que a velocidade mata”, alerta Szinvelski.

Para reduzir o índice de acidentes nas rodovias gaúchas, o diretor-geral afirma que a medida adotada foi à autuação. “Nunca se puniu tanto como ultimamente”, afirma. Dessa forma, segundo ele, o condutor é repreendido pelo ato e não volta a cometê-lo. Outra iniciativa dos órgãos de segurança são as campanhas de educação no trânsito, iniciadas em escolas e realizadas nas ruas das cidades gaúchas.

No dia 11, o Detran também participará de uma ação em Uruguaiana para orientar os turistas que chegam dos países vizinhos, e tem como destino as praias do litoral gaúcho e catarinense. “A ideia é alertar os turistas, para que não se envolvam em acidentes, tenham conhecimento das legislações de trânsito e possam usufruir de uma viagem segura”, pondera.

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