QUASE METADE dos participantes avalia o governo como ótimo ou bom. Saúde é o setor com melhor desempenho
Durante uma semana, entre os dias 15 e 21 de julho, os montenegrinos foram convidados a responder a uma enquete sobre o desempenho da Administração Municipal. Para 48% das 602 pessoas que se manifestaram através do site do Jornal Ibiá ou preenchendo o formulário veiculado na edição impressa, o governo Kadu Müller é ótimo ou bom. Já 36% disseram que é ruim ou péssimo e 15,9% o consideram regular.
Os participantes também foram convidados a apontar os setores em que a Administração possui o melhor e o pior desempenho. Entre os que se destacam positivamente, com grande margem, aparece a Saúde (59,8%), seguida da Educação (15,2%). Na outra ponta, entre os que deixam a desejar, em primeiro lugar aparece a pavimentação e a conservação de ruas e acessos (36,1%) e, na sequência, o atendimento ao interior. Para 21,9% dos que responderam ao questionário, a manutenção das estradas e o atendimento às demandas dos produtores rurais é um problema.
Os montenegrinos ainda tiveram a oportunidade de se manifestar sobre o desempenho da Administração no combate à pandemia do novo coronavírus. Para 31,9% dos participantes, o governo Kadu tem feito um ótimo trabalho. O número de pessoas que o consideram ruim ou péssimo soma 25%.
Entre os participantes, 52,3% são homens e 47,7%, mulheres. Com relação ao endereço, 22,4% declararam morar no Centro, 64,1% em outros bairros e 13,5% no interior. Já no que diz respeito à faixa etária, a maioria (25,5%) tem entre 36 e 45 anos. Confira os dados completos nos quadros.
Para a diretora do Jornal Ibiá, Mara Rúbia Flores, o número de participantes na enquete atendeu às expectativas. “Considerando que muitas pessoas não gostam de Política e raramente discutem este tipo de assunto, as 602 manifestações são um número expressivo, quase 1% da população”, avalia. Ela ressalta que esse tipo de sondagem pretende estimular os montenegrinos a olharem ao redor, avaliar o trabalho dos governantes. E, ao mesmo tempo, fornecer subsídios aos gestores públicos sobre as áreas em que possuem bom desempenho e onde é preciso melhorar.
Veja os resultados:
Kadu: “O resultado confirma realidade”
Os números da enquete realizada pelo Jornal Ibiá não surpreenderam o prefeito Kadu Müller, que considera os resultados muito próximos da realidade. Ao mesmo tempo em que se diz feliz por saber que quase metade dos participantes avalia seu trabalho como ótimo e bom, ele admite que existe muito por fazer em Montenegro. Inclusive nos setores que foram pior avaliados – pavimentação e conservação das ruas e manutenção das estradas do interior.
“De fato, é preciso ampliar os investimentos nestas áreas. Sabemos disso, mas encontramos o Município com um déficit elevado nas contas públicas e pouco dinheiro para aplicar em melhorias”, justifica. O chefe do Executivo lembra que, quando assumiu, a Prefeitura estava envolvida em escândalos de corrupção e totalmente sem crédito. “Conseguimos zerar o déficit e, neste ano, tivemos as contas aprovadas sem ressalvas”, observa.
Kadu diz que o bom desempenho na área da Saúde não o surpreende e nem a avaliação positiva no combate à pandemia. “Trabalhamos muito por isso, com a instalação da tenda, sanitização das ruas e implantação de protocolos. Tem sido comum as pessoas nos procurarem para agradecer pelo bom atendimento oferecido na Saúde”, comemora.
Enquete não é pesquisa
É muito comum as pessoas confundirem pesquisas eleitorais com enquetes, mas existem diferenças gigantescas entre estas duas ferramentas de aferição de opiniões.
Na pesquisa eleitoral, a coleta das informações deve ser adequada ao perfil do universo de votantes, preservando proporcionalidades de sexo, idade, renda e escolaridade, entre outras. Além disso, o realizador é obrigado a cadastrar inúmeras informações no Sistema de Registro de Pesquisas Eleitorais do TSE para torná-las públicas.
Já as enquetes não têm rigor metodológico. Enquanto a pesquisa deve obedecer a procedimentos científicos, como a segmentação dos entrevistados, a base geográfica, o percentual de ouvidos que reflita as diferentes regiões da cidade e as margens de erro, a enquete se limita a uma sondagem de opinião. Outra diferença é a iniciativa da coleta de dados. Na pesquisa, o entrevistado é escolhido pelo instituto, enquanto, na enquete, especialmente aquelas disponibilizadas na internet, é a pessoa que escolhe participar da consulta.
Idades00
Os participantes da enquete, por faixas etárias:
– 15,7% – de 16 a 24 anos
– 22,7% – de 25 a 35 anos
– 26,5% – de 36 a 45 anos
– 21,0% – de 46 a 55 anos
– 10,2% – de 56 a 65 anos
– 3,8% – mais de 66 anos
* Ao todo 602 pessoas responderam às perguntas.