O caminhão saiu da rodovia e invadiu uma lavoura até colidir em árvores
O caminhoneiro Rafael Nunes, de 43 anos, faleceu por volta das 10h30min dessa terça-feira, 25, na BR-163, altura do município de Pranchita, no Sudoeste do Paraná. Rafael dirigia um caminhão FH-12, com placas de Montenegro, quando o veículo saiu da pista no local conhecido como “curva da morte”.
Fotos e vídeo publicados no Facebook mostram que o veículo invadiu uma lavoura onde andou vários metros até parar. Informações preliminares apontam que o condutor possa ter sofrido um mal súbito, mas isso só será confirmado após a necropsia. O departamento de criminalística fez a perícia no local e, depois, o corpo foi removido ao IML de Francisco Beltrão. Os atos fúnebres serão realizados em Montenegro.
A família de Rafael não quis se manifestar sobre o acidente. Amigos da vítima lamentam sua perda. Segundo o empresário Fabrício Ramazzini, o caminhoneiro era uma pessoa muito querida por todos. Ambos trabalharam juntos por cerca de 10 anos. “Ele era como um irmão pra mim, chegava a chamar os meus pais de pai e mãe”, conta. Há cerca de três anos, Rafael também trabalhou como motorista para Marcos Souza. Além da relação de trabalho, ambos mantinham laços de amizade.
Além de ser considerado um bom amigo, Rafael era tido também como um ótimo profissional. “Poucos dirigem um caminhão como ele dirigia”, afirma Fabrício. O ex-patrão conta que o caminhoneiro não se negava a fazer nenhum tipo de serviço e tudo que se propunha a fazer era realizado com êxito. Rafael teve uma oficina mecânica, mas sua grande paixão sempre foram os caminhões. A carreira de motorista começou na juventude, profissão herdada do pai.
Outro fato comum a pai e filho foi a forma trágica como morreram. Há mais de 25 anos, Rafael perdeu a quem tinha como referência em um acidente de caminhão. Atualmente, ele vivia uma ótima fase, tanto profissional como na vida pessoal. O motorista deixou a esposa e três filhos.
De acordo com Fabrício, Rafael retornava ao Rio Grande do Sul trazendo uma carga de milho. O proprietário da empresa para a qual o caminhoneiro trabalhava, o acompanhava em outro caminhão.
Cerca de três quilômetros antes do local do acidente, ambos pararam para tomar café da manhã. Na sequência da viagem, Rafael ficou para trás no trânsito da rodovia. O companheiro de viagem estranhou a distância que Rafael tomou e a demora em se reaproximar.