Economia e praticidade. A versão Drive do Fiat Mobi tem nesses dois substantivos as suas principais vocações. Foi a conclusão a que o Ibiá Motores chegou após teste de cerca de mil quilômetros ao longo de dez dias em uma unidade cedida pela Fiat Chrysler Automóveis Brasil. Trata-se de um carro essencialmente urbano. É fácil de estacionar devido às suas dimensões, 3,56 metros; é leve (945 quilos); o engate de marchas é macio; e a direção elétrica permite manobrá-lo sem nenhum esforço. De quebra, essa versão ganhou novo motor, o Firefly de três cilindros, que é o 1.0 aspirado mais econômico do país. Segundo a Fiat, dentro da cidade e com gasolina no tanque a média é de 13,7 km/l. Na estrada, sobe para 16,1 km/l. O preço de tabela do subcompacto é de R$ 40.650,00, mas com o kit Live On, o mesmo do modelo testado, são mais R$ 4.731,00.
Mobi tem lá seus poréns. O pequeno porta-malas não permite levar bagagens em viagens mais longas se houver mais de dois passageiros. A Fiat já colocou esse nome no modelo porque a preocupação número um é justamente com mobilidade — aspecto que cada vez mais preocupa quem roda por Montenegro, seja pela escassez de estacionamentos na área central, seja pelas longas filas que se formam junto aos semáforos nos horários de pico. O carro é uma opção bacana para quem transita sozinho ou para casais, porque o espaço no banco de trás é acanhado para adultos.
Ao longos dos testes, o Mobi Drive revelou uma inquestionável melhora de desempenho graças ao novo motor de três cilindros, o Firefly, bem mais esperto do que o motor Fire, de quatro cilindros, que equipa todas outras versões do modelo. As arrancadas ficaram bem mais rápidas, assim como as retomadas. Com isso, o subcompacto da Fiat trocou a sonolência pela agilidade. Além do maior fôlego, que a reboque traz uma sensação de segurança maior, o motorista se beneficia também de uma menor necessidade de troca de marchas.
A troca do Fire pelo Firefly trouxe também uma sensível redução de consumo. Basta dizer que o computador de bordo chegou a marcar 23 a 24 quilômetros por litro de gasolina em trânsito rodoviário com um passageiro, a 80 quilômetros por hora, em quinta marcha, sem bagagem e sem grandes aclives, que caracterizam o deslocamento entre Montenegro e a Grande Porto Alegre pela BR-386 e pela ERS-240.
Quem busca conforto tende a gostar do Mobi pelo conjunto da obra. Em pisos irregulares — caso das ruas de calçamento de Montenegro —, ele tem desempenho satisfatório no que diz respeito à absorção dos solavancos causados pela buraqueira. Isso porque a suspensão tem rigidez relativa, o que é bom para as ruas malconservadas, mas em compensação leva a carroceria a “balançar” mais nas curvas em velocidade elevada. Nestas situações, é importante conhecer os limites do carro para não tomar sustos nem correr riscos.
Outra característica que proporciona bem-estar a bordo é a boa ergonomia, porque se pode ajustar a altura do banco e do volante, de modo que qualquer pessoa consegue uma adequada posição para guiar. Além disso, a direção, por ter assistência elétrica, é leve para manobras paradas, mas se torna progressiva à medida que se acelera e, assim, não há sensação de perda de controle. O quadro de instrumentos no painel é de fácil leitura (a tela, de LCD, tem alta resolução). Bem completo, o computador de bordo traz velocímetro digital, econômetro, dados de viagem A e B (distância percorrida, consumo médio, velocidade média), alerta de lâmpadas queimadas, temperatura, estimativa de quilometragem até acabar o combustível e número de horas de funcionamento do motor. Os comandos no volante são uma facilidade a mais ao motorista.
Há excesso de elementos plásticos, mas com textura de bom gosto. As trocas de marchas são muito fáceis, de engate bem macio. No carro testado, o sistema multimídia deixou a desejar. Foram sete tentativas para parear um celular com a central, mas o veículo não reconheceu o telefone por bluetooth. O motor, apesar de ser tricilíndrico, tem mais vibrações, mas não são suficientes para ferir os ouvidos.
O mais econômico do País
Se não forem considerados os motores turbinados, como o TSI do up!, por exemplo, o Firefly 1.0 três cilindros da Fiat que equipa o Mobi Drive é o mais econômico e o de maior torque do País, características que fazem dele um carro pensado para o trânsito urbano. Conforme o fabricante, o subcompacto atende às expectativas de quem busca “um carro urbano, oferecendo tamanho adequado, design diferenciado, baixíssimo consumo de combustível, conforto e prazer ao dirigir, com respostas rápidas e eficientes, graças ao seu elevado torque já em baixas rotações, o que também colabora para um reduzido nível de ruído e de emissões”.
O pacote de equipamentos de série conta com ar-condicionado, chave canivete com telecomando, vidros elétricos nas portas dianteiras e trava elétrica nas quatro portas com função um toque e antiesmagamento, limpador, lavador e desembaçador do vidro traseiro, abertura interna da tampa do tanque de combustível e do porta-malas, volante com regulagem de altura, cintos de segurança dianteiros com regulagem de altura, banco traseiro bipartido, sinalização de frenagem de emergência e pneus “superverdes” com alta durabilidade e maior aderência.
A tecnologia a bordo é outro destaque do Mobi Drive, que traz como item de série a tela de LCD de alta resolução junto ao quadro de instrumentos. Neste aspecto, porém, o destaque é a multimídia Live On, que com a ajuda de um aplicativo transforma um smartphone comum na central multimídia do veículo, cujo acesso pode ser pela própria tela do aparelho ou pelo volante multifuncional.
Esse sistema traz diferenciais representativos, como simplicidade e funcionalidade. Oferece navegação intuitiva, incorpora em um único menu os aplicativos mais usados no celular quando o usuário está em trânsito (o que minimiza o desvio da atenção), suporte retrátil no painel do veículo e entrada USB no painel, que pode ser usada para carregar a bateria do smartphone.
Além de acessar aplicativos de trânsito e de músicas como o Spotify, rádios, fotos, internet e realizar e receber chamadas, o Live On traz aplicativos que auxiliam o motorista, como o EcoDrive, que orienta de forma lúdica e divertida a dirigir o veículo com maior economia de combustível e redução de emissões. Já a função “Onde Parei?” informa o último local onde o veículo foi estacionado, facilitando sua localização.
Itens do pacote Live On
— Faróis de neblina
— Rodas de liga leve 14 polegadas com pneus “superverdes” com baixa resistência à rolagem
— Alarme antifurto
— Retrovisores externos elétricos com sistema Tilt Down e setas integradas
— Volante multifuncional com comandos de rádio/telefone
— Banco do motorista com regulagem de altura
— Sensor de estacionamento traseiro com gráfico de aproximação
— Personalização interna
— Bancos dianteiros com moldura
— Saídas do ar-condicionado com moldura em preto ônix
— Painel com moldura e maçanetas na cor cinza
— Alças de segurança traseiras e dianteira do lado do passageiro
— Apoia-pé para o motorista
— Bolsa porta-revista no encosto dos bancos dianteiros
— Porta-óculos
— Sistema multimídia Live On de integração smartphone-veículo via aplicativo
— Console de teto com espelho auxiliar
O preço do kit Live On fica hoje em R$ 4.731,00
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— Pode-se equipar ainda mais o Mobi Drive, com a oferta de outros opcionais, como bancos com acabamento premium, porta-óculos, porta-revistas nos encostos dos bancos dianteiros, apoio para o pé e detalhes com acabamento em preto brilhante. Os acessórios originais Mopar complementam a lista, oferecendo central multimídia com TV Digital e retrovisor interno com câmera de ré.
— Com o Mobi Drive, o modelo passa de seis para sete o número de versões, somando-se à Easy, Easy On, Like, Like On, Way e Way On, equipadas com o motor 1.0 Fire, que acabou de passar por uma recente atualização, entregando agora um consumo 4% menor do que a versão anterior.
O sistema Live On permite transformar o telefone celular na central multimídia do carro