DIREÇÃO organizou um espaço, com brincadeiras e contos de historia para as crianças
A Casa Amarela, junto à Estação da Cultura, abriga um local feito especialmente para os alunos da Escola Municipal de Educação Infantil Gente Miúda. O espaço se tornou, temporariamente, a “Casa do Miudinho”, lar da mascote, símbolo da Emei. A atividade faz parte das comemorações dos 40 anos da escola, celebrado em 19 de março e com ações ao longo de 2022.
A Estação é considerada o segundo pátio da escola. As crianças frequentemente, questionavam quem morava na Casa Amarela. Então surgiu a idéia de montar a casa da personagem. Primeiro foi criado o quarto, onde a própria mascote dorme. Após, foi produzida a Cabana, local para as professoras contarem histórias e, por último, o pátio com os brinquedos de diversão. “O que nos motiva é o amor pela profissão. Jamais pode se perder este brilho no olho”, relata a vice-diretora Cristiane da Silva. “Seria muito fácil deixar passar a data em branco. Mas aí tu para e pensa: como que vamos deixar de proporcionar este momento para os pequenos, se eles estão fazendo parte destes 40 anos? Tudo aqui foi pensado para alegrar, e fazer parte da historia deles”, completa Cristiane.
Os itens de decoração da casa do Miudinho vieram da EMEI. A o perceber que o trem que enfeita a creche não estava no local, começaram as perguntas. “Profe, cadê o trem? Onde o trem foi parar?”. A preocupação das crianças era saber onde os brinquedos estavam, segundo a educadora. Porem, depois que visitaram a casa, as perguntas acabaram e a diversão foi contagiante.
A diretora, Carla de Araujo, 39, afirma a importância de valorizar esses momentos no trabalho com as crianças. “A gente sabe eles são o futuro, então se plantarmos o bem, vamos colher o bem. O amor que temos, reflete no dia a dia” comenta a Diretora. Carla trabalha há 15 anos na Gente Miúda, mas afirma que está apenas no inicio da trajetória. A união entre os pais e escola é motivo de orgulho para as educadoras. “Sempre que temos ações como esta, ou precisamos de algo, os pais prontamente nos ajudam. Nossa comunidade é muito unida, este é um retorno positivo de que nosso trabalho está sendo bem feito” conclui. A direção da Emei ainda fez questão de agradecer ao Departamento de Cultura de Montenegro por ceder o espaço da Casa Amarela para proporcionar o momento de interação com as crianças.
40 anos de muita história
A assistente de turma Elaine Silva de Brito, 62, trabalha desde a fundação da Emei. Ela conta que todo dia aprende coisas novas com os pequenos. “Eles são uma caixinha de surpresas. Toda hora chegam com coisas novas para contar para nós”, revela.
Elaine nunca havia trabalhado com crianças antes da Gente Miúda. Chegou até a escola com 22 anos, através de um convite, mas afirma que ficaria no serviço por apenas alguns dias. “Quando comecei, o mundo caiu. Eu só enxergava as crianças correndo e pensava ‘meu Deus’”, recorda a servidora, sobre o seu primeiro dia de serviço. Mas tempo foi passando e o amor pela profissão só aumentava.
O que mais marcar, em todos os anos de trabalho, é o reencontro. “Tenho crianças que se tornaram médicos, advogados. O mais incrível é ver o carinho deles, quando me encontram e me abraçam. Muitos ex-alunos, já adultos, falam que eu só posso sair da escola depois que cuidar dos filhos deles”, salienta, emocionada.
A funcionaria é tratada como história viva da escola. Ela afirma que não pensa em sair do local. Hoje, a assistente trabalha em dois turnos e vende energia. O que a motiva é cuidar das crianças. “Não tem coisa melhor que chegar aqui, em um dia triste, e receber um sorriso e um carinho deles”, conclui Elaine.