O programa Estúdio Ibiá, da Rádio Ibiá Web, recebeu na última sexta-feira a candidata do partido Republicano, Gisele Adriana Schneider, que concorre à reeleição à prefeitura de Maratá, ao lado de Diego Daniel Schu. Os candidatos contam com o apoio do PSD, PP, PDT e Federação PSDB/Cidadania na Coligação “O Trabalho Transforma! Juntos Por Mais Conquistas”.
Gisele falou sobre as ações realizadas ao longo do atual mandato e das metas para uma nova gestão. Em sua avaliação, afirma que muito foi feito em termos de Saúde, Educação e Desenvolvimento no município.
Ao lado do candidato a vice-prefeito, Gisele quer ampliar números de atendimentos de Saúde, firmar parcerias para implementar cursos técnicos e levar o Alemão para dentro do currículo das escolas municipais.
JI – Quais foram os três projetos ou realizações mais importantes implantados no seu governo e qual o impacto que tiveram para a população?
Gisele – A agricultura, o setor primário, é o nosso carro-chefe. Hoje, 94,55% da nossa arrecadação, da receita, vêm do setor primário. É um aporte considerável e por isso a gente continua investindo muito na agricultura.
Nós criamos o bônus integração, aperfeiçoamos o bônus incentivo e possibilitamos que esse bônus também fosse utilizado no comércio e nos prestadores de serviços do município. Dessa forma, a gente contempla também o comércio local.
Criamos uma parceria muito forte com o sindicato com o programa Agricultura Mais Forte Crescimento para Todos, no qual a Prefeitura custeia parte de horas/máquinas para atender desde o pequeno agricultor que precisa fazer a sua silagem, que precisa lavrar a sua roça, até o integrador, aquele agricultor mais forte.
Na Saúde, ampliamos o horário de atendimento, que começou na época da pandemia, e ampliamos o horário para atendimento aos sábados de manhã. E agora, nossa proposta para os próximos quatro anos é ampliar também o horário de segunda a sexta-feira, das 17 h até as 19 horas, para assim poder atender ainda melhor a nossa população.
Fizemos muitos investimentos. Adequamos a estrutura das escolas, ampliamos salas e implantamos um sistema de aprendizado que também possibilitou que o nosso IDEB crescesse.
JI – Qual projeto do seu plano de governo lhe causou mais frustração de não ter conseguido realizar e por qual motivo não foi possível?
Gisele – Uma das nossas metas era a construção do Centro Cultural Turístico. Nós seguimos buscando recursos no Ministério do Turismo, junto ao governo do Estado, tivemos reuniões com o governador, inscrevemos no Avançar no Turismo, no Avançar na Cultura, na Consulta Popular.
Agora ele foi contemplado, mas ainda não conquistamos o valor necessário para dar andamento à obra. Isso é uma frustração porque eu gostaria muito de ter finalizado, pelo menos, a primeira etapa do térreo do Centro Cultural. Nós estávamos para assinar o convênio com o Estado para receber um valor, através do Turismo, mas em função de tudo que aconteceu no Estado, as calamidades em maio, provavelmente esse recurso não vai sair agora.
JI – Mais de 90% da arrecadação de Maratá está vinculada à produção primária. O produtor, por sua vez, cobra estradas em condições de escoar a produção e acesso às propriedades. Em seu governo vai investir em mais maquinário para atender esta demanda ou vai terceirizar estes serviços?
Diego – A gente trabalha desde o início do mandato perto dos cidadãos marataenses, acompanhando as necessidades e vendo a realidade do nosso município. Cada vez a agricultura fica mais forte e ela precisa de uma assistência maior.
A gente trabalhou muito na busca de recursos para sempre renovar a frota, das secretarias da Agricultura e das Obras. Sabemos que o deslocamento, pelas estradas gerais, é muito importante. Temos muitos acessos e a necessidade de fazer muitos outros. Todo novo acesso precisa de manutenção, por isso, a frota deve ser renovada, para conseguir atender com mais agilidade o produtor rural.
A gente sempre busca atender o produtor com o equipamento que a gente já tem no nosso município: três escavadeiras, caminhão, retro. Mas, quando existe a necessidade de agilizar o atendimento, com certeza, se for necessário, a terceirização é uma das opções.
JI – Qual será a sua estratégia para atrair empresas para o Distrito Industrial de Maratá?
Gisele – A gente já tem um Distrito Industrial. Estamos com uma empresa sendo instalada lá. Construímos uma parceria, por meio de um projeto de lei, para também auxiliar com mão de obra na construção do prédio. Estamos sempre em contato com empresas, temos incentivo também para pagamento, para subsídio do aluguel de prédios.
A gente vem também buscando contato com várias outras empresas para fomentar o comércio, o empreendedorismo local. Temos o programa Juro Zero, que, durante esse período, auxiliou o pagamento dos juros de 30 empresas que fizeram financiamentos e o município subsidiou para que pudessem alavancar o seu negócio.
JI – O Ibiá acompanhou algumas ações de seu governo pela busca de melhorias no sinal da telefonia móvel e internet para todo o município. O que ainda pretende fazer junto às grandes operadores de telefonia?
Diego – Essa questão da telefonia a gente já discutiu muito para buscar melhorias. Já fizemos visita, em Brasília, buscando parceria para reforço de sinal, para chegar sinal também àqueles que ainda não têm.Buscamos outras operadoras, fizemos testes, comprando chips e andando pelo município para buscar qual seria a melhor opção. Mas, pelo que percebemos, a operadora que a gente mais usa ainda é a que melhor funciona.
Já fizemos várias solicitações a essa operadora para conseguir melhorar o sinal, até propostas de parceria, para que o município consiga investir junto à empresa de telefonia para melhorar o sinal na nossa cidade.
Gisele – Uma proposta é a gente fazer parcerias, no próximo governo, para expandir a fibra ótica as localidades do município que ainda não têm.
JI – Pode explicar sobre a criação da primeira usina de compostagem municipal, utilizando galhos e folhas transformando em adubo, qual o investimento necessário e quando será colocada em prática?
Gisele- A questão ambiental é uma preocupação, não só em Maratá, mas em todos os municípios, em todo o mundo. Temos várias propostas na área de sustentabilidade.
Além da questão da usina, também pensamos em criar e apoiar uma cooperativa para selecionar o lixo. Os resíduos de Maratá ainda não têm seleção adequada, por mais que a gente incentive nas escolas, crie projetos junto às agentes comunitárias de Saúde, e, incentive a separação do lixo, ainda se vê muito lixo misturado.
Temos uma saibreira, que está em revitalização, ela recebe galhos, podas de árvore e esse material acaba se deteriorando ali, mas ele poderia ser triturado e reutilizado nos canteiros, no parque, nos jardins do município.
Não temos ainda o valor do investimento, acredito que não seja algo de valor muito alto, mas, de certa forma, vai auxiliar no embelezamento da nossa cidade.
JI – Maratá produz resíduos suficientes para viabilizar uma Cooperativa de recicladores de lixo. Quanto a cidade produz de lixo?
Gisele – É uma pergunta difícil, mas acredito que o volume sustenta, sim. Claro que hoje as cooperativas não são abastecidas por um município apenas. A gente pode fazer parcerias com municípios como Brochier, São José do Sul, e selecionar o material que vai realmente agregar valor na reciclagem.
JI – Sobre a expansão das especialidades médicas existentes que pretende oferecer para evitar deslocamentos. Como vai viabilizar, trazer especialistas de outras cidades para atender em Maratá?
Gisele- Temos o Centro Municipal de Saúde, que conta com várias especialistas: cirurgião, psiquiatra, cardiologista, pediatra, gineco e vários outros. A ideia é trazer também, por exemplo, um cirurgião vascular que possa fazer a avaliação do paciente no posto.
Talvez o atendimento no posto não seja tão resolutivo para todos os pacientes, mas com certeza vai diminuir boa parte da fila que terá que ser encaminhada a Porto Alegre, ou às referências regionais.
JI – A senhora também promete ampliar a realização de pequenos procedimentos cirúrgicos ambulatoriais, quais serão eles?
Gisele – Basicamente, são questões de manchas de pele, ampliar a quantidade. A gente consegue retirar algumas manchas que possam levar a um câncer de pele.
No último ano, tivemos vários procedimentos realizados no posto, que resultaram num ganho em tempo no tratamento de câncer de pele. O paciente teve um diagnóstico mais rápido, tratamento rápido realizado e conseguiu se curar.
JI – Em entrevistas que a senhora concedeu ao Ibiá sempre manifestou preocupação com qualificação de mão de obra. Como seu governo pretende atuar nesta demanda?
Gisele – A gente vem fazendo parcerias para trazer cursos profissionalizantes para o município. Nos cadastramos no Qualifique RS, um programa que o governo do estado lançou no final do ano passado. Mas infelizmente, em função das vedações do período eleitoral, a gente não pôde colocar em prática.
Alguns cursos vão ser lançados logo após o período eleitoral. Além disso, vamos levantar as principais demandas junto à indústria, o comércio local e com jovens do município.
JI – Em seu Plano de Governo constam duas ações relacionadas à qualificação profissional: apoiar a implantação de cursos técnicos; e buscar parcerias para a oferta de cursos profissionalizantes para adolescentes do Ensino Médio.
Gisele – Temos a estrutura do colégio estadual, estruturas do município que também poderiam abrigar cursos técnicos. O que dificulta é selecionar uma demanda que atenda o maior número de alunos.
Hoje temos cursos na área agrícola. Para nós, é muito importante porque a gente quer muito que o jovem continue na agricultura, fazendo a sucessão familiar da propriedade. Temos o incentivo do auxílio no transporte universitário, assim como um auxílio no transporte para cursos técnicos fora do município.
Queremos incrementar ainda mais esses auxílios para que o jovem possa ter a liberdade de escolher o seu curso, porque não vamos conseguir trazer cursos de todas as profissões para o município. Mas vamos oportunizar que ele tenha a chance de sair do município para estudar e depois retornar. E, ao mesmo tempo, levantar a demanda e trazer cursos para serem realizados no próprio município.
A agrícola é uma área em que a gente aposta e gostaria de investir muito. Talvez, também, na área da TI, que existe um mercado enorme e uma grande parcela dos jovens caminha para o lado da tecnologia.
JI – A sua proposta de incluir no currículo escolar o ensino do idioma alemão nas escolas de ensino fundamental e educação infantil vai ser imediata? E qual o objetivo desta ação?
Gisele – Essa é uma proposta muito importante, nos enche de satisfação implantar aulas de alemão no currículo escolar. Maratá foi colonizado por alemães e hoje ainda tem muitas famílias que falam alemão em casa, que falam dialeto. Por isso, nossa intenção é implantar quanto antes o curso alemão no currículo.
Não queremos que se perca a cultura de falar a língua alemã, os nossos pais ainda falam, a gente compreende, falam um pouquinho, mas os nossos filhos praticamente não compreendem, não falam mais. Não podemos perder a nossa essência.
JI – Como será a participação do vice na sua gestão?
Gisele – Com certeza, ele vai estar junto conosco na prefeitura, ocupando uma secretaria, nos auxiliando nas demandas gerais e sendo mais uma mão, mais uma força para que a gente conquiste cada vez mais crescimento e desenvolvimento para o município.
Diego – Como vereador, estive muito presente nas comunidades. Quando pedi a força do pessoal, na última eleição como candidato a vereador, fui acolhido por todas as comunidades, então trabalhei para todas. A gente trabalhou, buscou, e como vice poderei fazer muito mais pelo município.
Fui selecionado para fazer parte do grupo da Gisele, para ter a oportunidade de trabalhar ainda mais perto do povo, sabendo as suas necessidades.
JI- Qual sua mensagem final?
Gisele- Gostaria de agradecer a todos que estão nos acompanhando, ao Jornal Ibiá por mais essa oportunidade de estarmos aqui falando dos nossos projetos. Agradecer ao time de candidatos a vereadores que nos acompanha nessa caminhada.
Queremos seguir mostrando o nosso trabalho, tudo que fizemos durante esses quatro anos e colocar com certeza que faremos muito mais ainda. Após a eleição, enrolamos as nossas bandeiras e seguimos trabalhando por todos os munícipes, por todo Maratá.