Como era previsto, a celebração do Cinquentenário Sacerdotal do padre Cláudio Finkler neste domingo, dia 30, foi grandiosa. Considerando que foram servidos aproximadamente 950 almoços e a cidade teria 2.470 habitantes (segundo Censo do IBGE 2022), pode se dizer que metade de Maratá veio abraçar seu velho amigo. Todavia, no salão da Sociedade Maratá havia pessoas vindas de diversas cidades do Vale do Caí, assim como religiosos de toda a Diocese de Montenegro, liderados pelo Bispo Dom Carlos Romulo Gonçalves e Silva.
A Igreja Matriz São Miguel, no Centro, ficou pequena para a quantidade de fiéis que veio prestigiar a celebração religiosa, tanto que havia pessoas do lado de fora. Depois da Missa, saíram em procissão entre a igreja e o salão da festa, puxada pela Banda Típica do Periquito. Com seus 78 anos de idade, Padre Cláudio preferiu chegar de carro, criando novamente uma ovação ao adentrar pela Sociedade.
Logo foi cercado pelas pessoas, recebendo abraços e beijos, correspondidos com a fraternidade e bom humor que lhe são costumeiros. Também após o almoço padre Cláudio peregrinou entre as mesas, com receio de ter deixado alguém sem saudar. Ele concordou com a reportagem do Ibiá que, daquele multidão batizou e casou quase todos. “E já teve mais um pedido de casamento ali”, falou, apontando para um casal na mesa que havia solicitado sua atenção. Mas pode ser que foi mais uma das brincadeiras que tornaram este reliogioso uma pessoa tão amada quanto respeitada na região.
Um segundo pai para a família Joner
Entre aqueles que acompanhavam o Vigário Paroquial Cláudio Finkler dirante seu dia festivo estava o coordenador da Comunidade Paróquia São Miguel do Maratá. Samuel Antônio Joner foi as lágrimas ao falar a respeito do religioso, no momento das homenagens na Missa. “Não é simplesmente um padre! Ele alavancou essa cidade, em todos os setores… na emancipação… sempre foi uma pessoa querida, com muita alegria”, comentou em ‘live’ no Facebook do Ibiá.
A emoção do coordenador ficou mais justificada ao conversar com suas irmãs, Madalena Joner Schu e Isabela Corete Joner Cornelius. Elas protagonizaram um histórico casamento duplo, em 17 de outubro de 1987, com os respectaivos esposos Paulo Schu e Vicente Cornelius. Um momento de grande emoção conduzido por aquele que honra de fato a palavra ‘padre’ (no Latim Pater = “pai”). “Ele foi um segundo pai para nossa família”, definiu Isabela, que hoje é prefeita de São Pedro da Serra.
Sua irmã recordou então que aqueles foram tempos difíceis para os pais José Heriberto e Ircene Joner, e seus 11 filhos; dando origem à ideia das duas casarem no mesmo dia. “Matamos duas Capivaras com uma paulada só”, teria brincado o pai, recorda Isabela. Este momento foi vencido com a presença fraterna de Cláudio Finkler.
Em retribuição, até hoje os 11 irmãos não deixam de assistir ao Vigário, de uma forma ou de outra, honrado o desejo derradeiro de José Joner. “O pai, quando faleceu, pediu para nós cuidarmos do padre Cláudio”, recorda Madalena. E padre Cláudio ainda celebraria a união de outra irmã Joner, Rose Maria Joner e Mauro Gomes.
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