Mesmo com chuva, fiéis renovam a fé em celebração ao Padroeiro

Comemoração. Festa de São João Batista teve missa e procissão motorizada

A manhã chuvosa deste domingo, 24, não impediu os católicos de acordarem cedo para participar das celebrações em homenagem a São João Batista, o Padroeiro de Montenegro. Depois de diversas atividades realizadas ao longo deste mês, como a tradicional novena e a visita de “Joãozinho” – imagem de São João Batista – as comunidades da Paróquia, cerca de 600 pessoas, participaram de um dos momentos mais aguardados pelos devotos do santo.
Na catedral de mesmo nome do apóstolo que batizou Jesus Cristo, o bispo Dom Carlos Romulo celebrou a missa festiva. Houve na sequência uma procissão motorizada até o CTG Estância do Montenegro, local onde foi realizada a festa de São João Batista.

Debaixo de garoa, a imagem de São João Batista foi conduzida em uma picape seguida por cerca de 30 veículos. A procissão passou pelas ruas João Pessoa, Osvaldo Aranha e Bento Gonçalves até chegar ao CTG, onde já era aguardada por diversos paroquianos. Para o padre Diego Kiniest, se não fosse a chuva, a participação do fiéis poderia ter sido maior. Contudo, o resultado é satisfatório. Cerca de 500 convites para o almoço festivo foram vendidos antecipadamente, fora os cartões adquiridos na hora do evento.

O pároco lembra que a história do município está diretamente ligada ao santo. Antes de ter a denominação de Montenegro, o local era chamado de São João do Montenegro. Além disso, possui um morro que também faz referência ao aniversariante do dia 24 de junho.

“Esse é o momento do padroeiro, aquele que é um modelo de fé para os católicos. A cidade tem uma relação muito forte com São João. Para nós, comemorar esse momento significa muito”, comenta o padre.

Fiéis demonstram gratidão a São João Batista

Luís Carlos e Maria Madalena Junges fazem parte do grupo de festeiros

Além de devoto do santo, o casal Luís Carlos e Maria Madalena Junges é responsável pela organização da festa. Para eles, o papel dos festeiros é promover a confraternização e também elevar o nome do santo nas 13 comunidades da paróquia. Junto a eles estão Laerte e Raquel de Mello, Carlos e Iole Casagrande e Leonardo e Ana Paula Seidel — casais que também cumprem esta missão. Este é o segundo ano em que Luís Carlos e Maria integram a organização da festa, o que para eles é motivo de alegria e uma oportunidade de demonstrar gratidão. “Esse evento nos fez muito bem. Conhecemos muita gente na paróquia”, conta Luís Carlos. “Está sendo muito gratificante”, afirma Maria Madalena.

Sônia Beatriz Fagundes é grata por tudo que já recebeu de São João

Luís Carlos tem uma forte relação de gratidão com o santo. Ele que já era devoto, mas viu sua fé crescer quando precisou e obteve uma graça. Há 22 anos, sua irmã, Roseli Maria Junges, passava por complicações para dar à luz e precisava ser internada em um hospital com atendimento de UTI neonatal. O problema é que não havia vaga em nenhuma casa de saúde. O bebê corria risco, o que levou a família a ficar desesperada. Luís estava em companhia da Roseli no Hospital Montenegro quando olhou pela janela e viu a imagem de São João, no Morro. Naquele momento, ele resolveu pedir ajuda e acredita que o milagre foi feito, pois logo em seguida surgiu a tão esperada vaga em outro hospital.

Já a contadora Sônia Beatriz Fagundes relata que não é adepta de promessas. Mas há seis anos participa das novenas e com frequência reza agradecendo ao padroeiro pelo que já recebeu e por aquilo que ainda está por vir. Para ela, o principal motivo da festa de São João Batista é celebrar a fé. “Não importa a pastoral ou movimento da paróquia que se pertença. Acima de tudo, somos paroquianos e devemos celebrar com amor a data do nosso Padroeiro”, conclui.

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