O mês da Consciência Negra é um do marco de luta, de empoderamento e de promover a história e cultura afro-brasileira. A ACB Floresta Montenegrina, abriu o novembro negro com o que temos de melhor: empoderamento preto. Reunimos em um só lugar, arte, cultura, beleza e black money. O empoderamento econômico tem sido uma das portas mais difíceis de serem abertas ao povo negro. A luta por oferecer melhores condições de vida, para adentrar no mercado profissional e pelo reconhecimento social tem sido dura e com vários degraus.
A comunidade negra de Montenegro, mostrou não somente serviços, mas o charme, a música e a dança tão característica de nosso povo. Quem esteve presente na 1º Feira de Montenegro pôde conferir que apesar das adversidades, principalmente da falta de fomento financeiro, o apoio dos presentes foi um show à parte. Reunimos com toda honra todas as belezas negras consagrados na região, literalmente a corte negra mais bela de todos os tempos. Apresentamos os cabelos, blacks e crespos que ditam tendência e moda. Usamos o poder das rimas, da poesia de rua, aliada com a poesia cristã como manifestação de orgulho. Recebemos os presentes como um legítimo quilombo urbano que acolhe a todos como forma de proteção e alento em qualquer tempo. E mesmo nossas mulheres sendo as donas da festa, com o empreendedorismo feminino empunhando a bandeira da necessidade de maior inclusão das mulheres negras, os empresarios negros mostraram a que vieram, contando sobre seus empreendimentos e contribuição em nossa cidade. Nossa ancestralidade preconiza o cuidado e o respeito aos mais mais velhos, por isso promovemos um debate consciente sobre a religiosidade e pontuamos o papel significativo das religiões de matrizes africanas em nossas vidas.
Nossas pautas de lutas abrangem também o debate sobre o negrejar no teatro, nas telas de tv, comerciais de diferentes marcas e quanto essa diversidade enriquece e faz as empresas promoverem impacto social no âmbito do consumo. E para quem acha que paramos por aqui, quero te contar que a música negra americana tão docemente interpretada por montenegrinos cidadãos do mundo levantaram o público.
O 20 de novembro, o mês de novembro é considerado um marco de resistência por se tratar do data de morte de luta de um dos nossos ícones de luta: Zumbi dos Palmares. atualmente entendo o novembro Negro/Preto como um incentivo para dar visibilidade a cultura preta construída ao longo da vida, dos anos e dos dias.constuido com a cosncienciencia de ser negro todos os dias de nossa longa e grata vida.
E mesmo tendo a plena convicção de que estamos diante de racismo estrutural, impregnado na sociedade, as pessoas crescem na percepção de que queremos dignidade, que as pautas negras precisam ser respeitadas e pautadas estrategicamente. Mas vou te lembrar que somos negros o ano, e apesar de concordar plenamente com a data, não admito ser lembrada só em novembro. Somos negros o ano inteiro e em novembro, reforçamos ao mundo que nossa ascendência.
Negrejaremos o Vale da Felicidade com a alegria do meu povo, com o canto da minha gente e com o orgulho de ser negro, promovendo geração de renda e educação antirracista e saúde para a população negra.Queremos que a Feira Preta de montenegro faça parte de um projeto de politicas reparatórias, onde a diversidade é realmente respeitada. Queremos ter a certeza que nossa contribuição não é só bem-vinda e sim considerada por todos as etnias locais.
Asè!