Intermunicipal. Em Macega, donos da casa abriram 2 a 0, mas não conseguiram segurar o resultado ante o Juventus
Por alguns minutos, o Maratá chegou a sonhar com a classificação para a final logo em sua primeira participação no Campeonato Intermunicipal do Vale do Caí. Porém, o time comandado por Alexandro Haupenthal não conseguiu segurar o resultado na tarde de ontem e viu sua vantagem de 2 a 0 virar num empate em 2 a 2 que desclassificou a equipe marataense e garantiu o Juventus, de Feliz, na final da competição.
“Éramos vistos como zebra, mas Maratá tem tradição. Também não perdemos para qualquer time. O Juventus tem história”, comentou o treinador do Maratá após a partida. Alex, como é conhecido, destacou ainda que a participação rendeu experiência para a disputa da competição no ano que vem. “Estou triste por perder, mas serve de aprendizagem”, reforçou. Com o resultado, o Juventus, que venceu o primeiro jogo por 2 a 1, irá enfrentar na final o Unidos Real, de Alto Feliz, que eliminou o Quinta Neles, de Harmonia.
A partida que culminou na eliminação de Maratá começou com cerca de 20 minutos de atraso em razão do duelo dos Aspirantes entre Juventus e Aliança, de Vale Real, que só foi definido nos pênaltis – com vitória por 6 a 5 do Aliança. Porém, assim que a bola rolou, os atletas de ambos os times mostraram que o combate que definiria um dos finalistas dos Titulares seria intenso.
A partida começou com o Juventus em cima dos donos da casa e quase abrindo o placar aos sete minutos, com Morango, que recebeu bom lançamento, mas desperdiçou quando ficou frente a frente com o goleiro Fábio, do Maratá. Depois desse susto inicial, o jogo ficou truncado e com bastante faltas de ambos os lados. Anulando as jogadas lá e cá, as equipes passaram a apostar na ligação direta, mas sem sucesso.
Com o passar do tempo, o Maratá melhorou e, com a bola no chão, começou a dominar a partida. Porém, a equipe comandada por Alex não conseguia furar o bloqueio do time felizense. Num dos melhores momentos, Jóia tabelou com Biel e preparou o chute, mas foi derrubado. Na cobrança, Nicki mandou por cima. Logo depois, já aos 45 minutos, uma boa troca de passes no campo do adversário resultou num passe de Jóia para Pepsi, que arriscou da entrada da área para defesa de Max.
Emoções ficaram para a segunda etapa
Após um curto intervalo, as equipes retornaram a campo para colocar nos 45 minutos finais toda a emoção que falou na primeira etapa. Logo aos dois minutos o time de Maratá reclamou da anulação de um gol após cobrança de escanteio. No lance, a bola viajou pela área e chegou em Dani, que entrou ainda no primeiro tempo no lugar do lesionado Wagner e a mandou para a pequena área. Numa confusão, a bola acabou entrando, mas o juiz marcou falta no goleiro do Juventus.
O Maratá continuou em cima e, aos cinco minutos, Denis obrigou Max a fazer uma defesa em dois tempos ao cobrar forte e rasteira uma falta na intermediária. Um minuto depois a torcida na Macega pôde soltar o grito de gol da garganta. Após Negreti ser derrubado na meia cancha e o juiz mandar o jogo seguir, Jóia ficou com a bola e lançou Biel. O atacante marataense ganhou do zagueiro na velocidade e tocou na saída do goleiro.
Atrás no placar e com um resultado que levaria o jogo para os pênaltis, o time de Feliz passou a avançar querendo impedir que a classificação fosse definida na marca da cal. O Juventus criou boas chances e, numa delas, Kauê, de falta, quase marcou, mas quem acabou balançando as redes foi o Maratá.
Aos 21 minutos, Nicki foi lançado e avançou pela esquerda. Após cortar o zagueiro, o atacante rolou a bola para Jóia. O meia bateu e a bola acabou nos pés de Biel, que estava dentro da área. O camisa 7 do Maratá, com calma, não desperdiçou e fez o gol que ia garantindo a classificação de sua equipe. O lance gerou muita reclamação por parte da torcida e jogadores do Juventus, que pediam impedimento.
Pressão do adversário e eliminação depois dos 30
Precisando de um gol para levar o jogo para os pênaltis e dois para garantir a classificação, o Juventus se jogou ao ataque. Fábio ia segurando as tentativas do time da Feliz, mas não conseguiu evitar o gol de Buda, aos 31 minutos, em cobrança de escanteio. O Maratá não se entregou e viu Biel marcar mais um gol, que acabou anulado por impedimento. Após isso, a equipe recuou diante da pressão do Juventus.
A partida já parecia encaminhada para os pênaltis quando, aos 45 minutos, o Maratá errou na saída de bola e o Juventus armou rápido contra-ataque, que culminou com o montenegrino Kauê, que já havia marcado duas vezes na vitória por 2 a 1 no jogo de ida, decretar o placar final da partida em 2 a 2.
O Maratá ainda tentou reagir até o último lance da partida, que seguiu até os 54 minutos em razão de uma confusão que envolveu o banco do Juventus e torcedores. A treta iniciou quando o jogo foi paralisado por falta de Denis em Morango e um membro da comissão técnica do time de Feliz arremessou a bola reserva para fora do gramado. Os ânimos foram contidos com a ajuda dos jogadores do Maratá, que pediram calma para sua torcida.