Mão de obra prisional: Penitenciária e HM iniciam tratativas sobre termo de cooperação

A direção da Penitenciária Modulada Estadual de Montenegro e do Departamento de Tratamento Penal (DTP) da Susepe realizaram, nessa terça-feira, 4, uma reunião com a direção do Hospital Montenegro 100% Sus (HM) para tratar sobre um termo de cooperação, que visa utilizar mão de obra prisional para a confecção de materiais de hotelaria para a casa de saúde.

A expectativa é de que, até o final do mês de agosto, ocorra a assinatura do termo. A ação visa auxiliar no enfrentamento à Covid-19. Desde o início da pandemia os apenados da Penitenciária começaram a costurar lençóis, aventais, calças, jalecos e outros itens de vestuário para serem usados pelos profissionais da saúde, além de máscaras. A partir dessa parceria, surgiu o interesse em firmar um termo de cooperação, que garante aos apenados, além da remição da pena, o ganho de salário pelo trabalho realizado

“A primeira oficina de costura que iniciou voluntariamente a produção de máscaras para o sistema prisional foi a da Penitenciária de Montenegro. E a parceria voluntária com o hospital poderá ter continuidade através de um termo de cooperação, por meio do qual os apenados passam a receber a remuneração de 75% do salário mínimo nacional vigente”, explica a chefe do trabalho prisional da Seapen e da Susepe, Elisandra Minozzo. Para ela, o resultado da parceria serve de convite para que outros hospitais da região possam pactuar com os estabelecimentos prisionais.

Participaram da reunião o diretor geral do Hospital Montenegro, Carlos Batista da Silveira, o diretor do DTP, Tadeu Zampiron, e o diretor adjunto da Penitenciária Modulada de Montenegro, Alcir Bragagnolo.

Inclusão social e segurança

O Diretor da Penitenciária, Edson Neves, ressalta que, além da inclusão social, o trabalho prisional também traz reflexos positivos para a segurança. “Nossa atuação aqui na casa prisional é norteada por quatro pilares principais: educação, trabalho, saúde prisional e assistência religiosa. Isso nos possibilita mais segurança e também um tratamento penal mais adequado para os apenados, para que retornem à sociedade com mais condições e, assim, possamos ter menores índices de reincidência”, afirma.

Neves também destaca a importância do trabalho conjunto do setor técnico (psicólogos e assistentes sociais), dos agentes do setor de Atividade de Segurança e Disciplina (ASD) e do setor administrativo. “Toda a engrenagem precisa estar trabalhando em conjunto para chegarmos a um denominador comum, ao nosso objetivo que é ter um bom número de apenados trabalhando, além de estarem estudando”, acrescentou o diretor.

Informações: Susepe

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