Dados da Rais revelam também que o grau de escolaridade vem aumentando
A comerciária Jenifer da Silva, 28 anos, faz parte de uma maioria no perfil de trabalhadores de Montenegro. O levantamento realizado pelo Ministério do Trabalho e Emprego, baseado na Relação Anual de Informações Sociais (Rais), mostra que 53% têm o Ensino Médio completo. Jenifer parou de estudar ao concluir essa etapa, mas tem planos de retornar à sala de aula e cursar uma faculdade.
Jenifer começou cedo e já soma 12 anos de trabalho no comércio, gosta do que faz, do contato com o público, mas tem planos para mudar de profissão no futuro. Seu desejo é cursar Medicina. Os dados da Rais revelam que, referentes a 2017, cerca de 15% dos trabalhadores possuíam Ensino Superior completo no município. O índice sobe para 22% incluindo aqueles que entraram na universidade, mas ainda não haviam concluído.
Enquanto planeja o ingresso em um curso superior, Jenifer segue se dedicando a área que conhece bem: o comércio. Para quem busca espaço na função de vendas, ela salienta a importância em ser atencioso com o consumidor, sempre de forma educada. “É preciso tratar bem o cliente”, resume.
Sua colega Renata Torres de Castro Ajarda, 31 anos, também começou cedo no mercado de trabalho. Ela já tem 17 anos de atividades no comércio e gosta do atendimento ao público. Seu currículo inclui experiência em lojas de vestuário, móveis e em supermercado. E parou de estudar ao concluir o ensino médio. Na média estadual, percebe-se que a maior fatia na escolaridade dos trabalhadores é nessa fase, com 43,33% do total com Ensino Médio completo.
A Rais é a base de dados mais completa sobre empregadores e trabalhadores formais no Brasil. A partir dessas informações é obtido o perfil das empresas e dos trabalhadores brasileiros, que serve para a elaboração de políticas públicas de emprego do governo e para o pagamento de benefícios.
Um comparativo dos últimos anos – 2015, 2016 e 2017 – mostra que o grau de escolaridade vem aumentando em Montenegro. É cada vez menor o número de analfabetos e cresce o total daqueles que estão na outra extremidade, com pós-graduação. Exceção é o número de trabalhadores com curso superior em 2016, que chegou a 4.811, maior do que em 2017, quando eram 2.823.
Em relação ao total de trabalhadores, 2016 teve o menor nesse período. No ano passado, o crescimento foi de 5,97% em relação ao anterior. No Estado, porém, a oscilação foi negativa, de 0,3%, em 2017.
Homens ganham mais que as mulheres
Em relação ao sexo e salários, os dados da Rais demonstram que há mais homens trabalhando e a média de remuneração deles também é maior. Em Montenegro, no ano passado, eram 9.895 trabalhadores do sexo masculino, e 8.971 do sexo feminino. A média de salário deles chegava a R$ 3.181,87, enquanto a delas era de R$ 2.708,71. A média total do município era de R$ 2.973,23, valor semelhante à média estadual que era de R$ 2.965,60.