Luz mais cara a partir de hoje

Reajuste foi autorizado pela Aneel e impactará num aumento de 21%

A partir de hoje, passa a valer o aumento na conta de luz autorizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). O reajuste será feito no Estado pela RGE Sul e afetará mais de 1 milhão de clientes atendidos na cobertura da concessionária, em 118 municípios, nas regiões Metropolitana de Porto Alegre (RMPA), Centro-Oeste e Leste do Estado

Anunciado na última terça-feira, o reajuste será de quase 21% (20,96%) para consumidores residenciais e 24,99% para clientes industriais. O acréscimo passa a ser sentido na conta do próximo mês.

A medida, segundo a Aneel, é feita a cada quatro anos. O reajuste faz parte da revisão tarifária que mantém o equilíbrio financeiro das concessionárias que prestam o serviço.

Bom para quem arrecada, nem tão bom para quem paga. O músico e publicitário Rodrigo Griebeler, 43 anos, sentirá no bolso o aumento de valores. De acordo com ele, que mora com os dois filhos e a esposa, o impacto da conta de luz será sentido por qualquer usuário, principalmente com a necessidade de corte ou redução de confortos.

“Como redução do uso de ventiladores, ar-condicionado, aquecedores e tempo de banho, principalmente agora no inverno. Além de otimização do uso de máquinas de lavar roupas e manter luzes apagadas, entre outros. Como a renda familiar continuará a mesma, temos que repensar o uso de tudo que consome energia dentro da residência”, destaca.

Para quem trabalha em casa, com uso de equipamentos eletrônicos, como é seu caso e o da esposa, que faz arte em feltros e tecido, o aumento da luz impacta diretamente no valor final dos produtos e serviços. “É um efeito dominó. Não dá para absorver aumentos na matéria-prima ou na energia que se usa para produzir. O lucro cai”, conclui.

Falta engajamento para protestar
De acordo com o presidente da Associação dos Aposentados e Pensionistas de Montenegro (Apopesmont), Manoel Bruno Negruni, falta engajamento de classes para protestar contra os aumentos. “Não temos mais representatividade, força para reivindicar. Somos divididos em pequenos grupos, não só os aposentados, mas no resto da sociedade. Na hora de reivindicar, não temos orientação nenhuma.”

Segundo ele, o sistema político foi o responsável por dividir as pessoas. “E a elevação do valor afeta os aposentados. A grande maioria recebe apenas um salário mínimo. Digamos que a conta de luz residencial esteja R$ 70,00, no mínimo. Além de ser um salário minguado que recebemos, não temos como fugir desse gasto”, lamenta.

Segundo Bruno, não há como conseguir grandes economias se tratando de luz. À noite, afirma que não há como as luzes ficarem apagadas, assim como tomar banho é essencial. “Não tem onde economizar. Não é como a alimentação que, se subiu a beterraba, podemos optar por cenoura. Vou desligar essa luz e acender velas? Não dá”, conclui o aposentado.

Dicas de economia RGE Sul
– Realize periodicamente a manutenção domiciliar, evitando fios desencapados.
– Nos dias quentes, colocar o chuveiro na posição “verão” (o consumo será cerca de 30% menor). Em algumas cidades, é possível até desligar o chuveiro.
– Limpar periodicamente os orifícios de saída de água do chuveiro.
– Tomar banhos mais rápidos e desligar a torneira ao se ensaboar.
– Nunca reaproveitar uma resistência queimada, pois aumenta o consumo e coloca em risco a segurança do usuário.
– Uma boa opção também são os aquecedores solares para água, que cada vez mais possuem preços atrativos e demandam baixa manutenção.
– Instalar a geladeira em local bem ventilado, desencostada de paredes ou móveis, longe de raios solares e fontes de calor, como fogões e estufas
– Nunca utilizar a parte traseira da geladeira para secar panos, roupas ou tênis.
– Nunca colocar alimentos quentes na geladeira.
– Não forrar as prateleiras da geladeira (a falta de ar circulando entre as prateleiras exige mais consumo de eletricidade).
– Não deixar a porta da geladeira aberta por muito tempo e não se esquecer de manter as borrachas de vedação da porta em bom estado. Um bom teste é colocar uma folha de papel, fechar a porta da geladeira e tentar retirá-la. Se a folha sair muito fácil, pode ser que a borracha já esteja precisando de manutenção.
– Apagar a luz ao sair de um ambiente.
– Não dormir com a televisão ligada.
– Não usar benjamins (item que serve para ligar vários aparelhos a uma só tomada e que a sobrecarrega).
– Evite o uso frequente de extensões e não as deixe soltas pela casa.
– Acumular roupas para lavar e também para passar. O tempo para aquecer o ferro representa um consumo bem alto. É melhor que isso seja feito menos vezes. – O ferro elétrico tem regulagem de temperatura. Procure separar as roupas por temperatura que serão passadas, assim pode tornar o uso mais econômico.

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