Loja Maçônica “Cidade de Montenegro” realiza Jantar Baile de 10 anos de fundação

Comemoração.Evento é aberto ao público. Não é preciso fazer parte da maçonaria para participar da celebração

No dia 6 de setembro, a partir das 20h, a Loja Maçônica “Cidade de Montenegro n° 230” realizará o 1ºJantar Baile Preto e Branco em comemoração aos dez anos de existência. O evento ocorrerá na Estrada Reinaldo Höerlle, 1200, em Porto dos Pereiras.

O jantar baile é aberto ao público e tem ingressos à venda no valor de R$ 180,00 por casal. As entradas podem ser adquiridas através dos números 99380 8685 e 98177 7185. Caso o interessado não seja casado, o acompanhante pode ser outro. A animação do baile será realizada pela banda A3, de Osório. Bebidas não estão inclusas no valor do ingresso e o traje sugerido é passeio completo.

O valor arrecadado no evento, segundo os organizadores, além de custear as despesas, ficará num fundo de reserva da Loja, que serve para eventuais doações a entidades sociais ou famílias menos favorecidas. O jantar também servirá para que a sociedade participe dos eventos promovidos pela Maçonaria de forma aberta e entenda que a entidade é engajada nas causas sociais.

Uma escola de aperfeiçoamento humano
A palavra “Maçom”, segundo o membro da Loja Maçônica, Fábio Vivian, é atribuída a “pedreiro”, pois “constroi” homens de caráter e valoriza as virtudes dos homens. Em Montenegro, existem duas Lojas: a Rocha Azul, com seus quase oitenta anos, e a Loja Maçônica Cidade de Montenegro, que completa dez anos em 2019.

A Maçonaria não é uma religião, mas seus integrantes são apenas homens a partir de 21 anos de idade que tenham alguma crença divina. Para fazer parte da comunidade, passam por uma sindicância (espécie de entrevista). Após, sem distinção de crenças, raças e posição social, trabalham em prol da busca pela perfeição.

Ou seja, o movimento não se restringe a apenas uma religião, podem entrar, por exemplo, evangélicos, católicos, entre outros. “Na Maçonaria chamamos Deus de Grande Arquiteto do Universo, pois foi o construtor de tudo e de todos. Ateus não são aceitos”, pontua.

Vivian explica que a Maçonaria é uma escola de aperfeiçoamento humano, e que o grupo da Loja que frequenta conta, atualmente, com cerca de vinte maçons. “Trabalhamos em prol do aperfeiçoamento moral e ético. Primamos pelos bons costumes, família, senso de justiça, igualdade, liberdade e fraternidade” sublinha. Sendo assim, o que é aprendido e trabalhado em grupo, deve ser levado adiante para a vida pessoal e profissional de cada um, salienta.

“A gente entra na Maçonaria como uma pedra bruta. Lá dentro nos esculpimos, tentando nos desvencilhar dos preconceitos e dos erros. Ou seja, devemos reconhecer em nós mesmos nossos defeitos e tentarmos lapidar isso”, acrescenta.

Por trás de fantasias
Muita gente ainda pensa que a Maçonaria envolve bruxaria. “Na internet, por exemplo, tem muita bobagem. Na Maçonaria, tudo leva a coisas boas, mas nossa discrição e reservas dão asas à imaginação”, diz Fábio.

Muitas pessoas acham que, ao entrar na ordem, terão vantagens financeiras ou ascensão social. Na verdade, segundo ele, isso não passa de especulação. “Vantagens financeiras e ascensão social podem vir naturalmente a partir do momento que o homem trabalhar seriamente, de forma honesta, respeitando a família e jamais se deixando levar pelas tentações ilícitas”, conclui.

Existem três graus evolutivos dentro do que chamam Maçonaria Simbólica. Aprendizes, Companheiros e Mestres, além de uma hierarquia administrativa. Tendo interesse, o Maçom pode seguir seus estudos em escolas Filosóficas, onde vai se aperfeiçoar e atingir graus mais elevados.

Fábio conta que, devido à sua liberdade de crença, ideais de igualdade e propostas de mudança, a Maçonaria, embora ainda não existisse dessa forma, enfrentou resistência da Igreja Católica. “Nesse momento tiveram seus membros caçados, razão pela qual acabou por fazer suas reuniões de forma discreta e desenvolver formas de identificação e comunicação, para não serem desvendados pelos opressores”, explica o maçom. Para Fábio, isso contribui ainda mais para o desenvolvimento das fantasias que cercam a maçonaria até os dias atuais.

Os membros continuaram a se reunir, mas precisavam se esconder. “Para que não houvesse identificação dos Maçons na sociedade, sinais, toques e palavras surgiram como senhas”, explica Fábio. Até hoje os maçons se identificam por elas, de modo que seus ensinamentos permaneçam preservados. “Isso é apenas um breve resumo. Falar de Maçonaria é falar de história. Muitos feitos, muitas conquistas. Muitas mudanças que ocorreram pelo mundo afora tiveram como berço a Maçonaria”, conclui.

A sociedade prega, ainda, o auxílio ao próximo, ajudando os menos favorecidos. O grupo realiza campanhas para ajudar entidades e doa do próprio bolso, porque segundo Fábio, a Maçonaria defende que “precisamos ajudar nossos semelhantes, pois ao ingressar, assumimos um compromisso com a caridade”. Ainda como princípio, está a tolerância em todas as esferas.

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