Com duas campanhas de vacinação em andamento simultaneamente – contra a Covid-19 e da gripe – o volume de lixo hospitalar cresceu exponencialmente e, com isso, os cuidados com o seu destino redobraram. Para que não tragam nenhum risco ao meio ambiente ou à saúde da população, esses materiais já possuem um destino definido em Montenegro.
Somente na vacinação contra a Covid-19 já foram utilizadas ao todo 44.203 seringas no município. Segundo a secretária Municipal de Saúde, Cristina Reinheimer, o aumento do lixo hospitalar durante a pandemia e nas vacinações é notável. “Porque aumenta muita seringa e seringa é volume”, explica.
Através da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) foi elaborado o Plano de Gerenciamento de Resíduos do Serviço de Saúde (PGRSS), um documento que aponta e descreve ações relativas ao manejo dos resíduos sólidos observando suas características. Ele contempla os aspectos referentes à geração, segregação, condicionamento, coleta, armazenamento, transporte, tratamento e disposição final, bem como a proteção à saúde pública e ao meio ambiente.
Cristina explica que todos os profissionais são recomendados a depois de vacinar colocar a seringa com a agulha dentro de descarpack, que são caixas protetoras para perfurocortantes. As tampinhas plásticas da agulha são guardadas e destinadas para a Amoga. “Porque é o plástico limpo antes de aplicar”, fala.
O material contaminado é levado então até a Vigilância Sanitária, onde é condicionado em tambores e coletado uma vez por semana por uma empresa especializada que presta serviços no recolhimento do lixo hospitalar em Montenegro. “O lixo hospitalar tem que ser sempre descartado corretamente. Existem os limpos, os orgânicos, os perfurocortantes e os contaminados”, comenta a secretária Cristina.
Os perfurocortantes são todos aqueles objetos e instrumentos que possam furar ou cortar, como lâminas, bisturis, agulhas e ampolas de vidro. O lixo contaminado é aquele que contém presença de agentes biológicos que apresentem risco de infecção, como gases e chumaços. De acordo com a secretária, o lixo orgânico é o material que sobra de restos alimentares, e o limpo é todo aquele que não tenha sido contaminado ou possa provocar acidentes.
Assim como o descarte do lixo hospitalar, os remédios e itens de saúde que usamos no dia a dia também não podem ser jogados no lixo comum. Esses medicamentos devem ser levados a pontos de coleta apropriados. Eles encontram-se em algumas farmácias, postos de saúde e supermercados.