Livro marca 17 anos de dedicação à pesquisa da colonização alemã

Autor de 15 obras, Felipe Kuhn Braun divulga o lançamento de seu 16º título

Setembro é um mês marcante para o pesquisador Felipe Kuhn Braun, de 31 anos. Na ocasião, ele celebra 17 anos dedicados à pesquisa sobre a vida, a imigração e diversos outros temas envolvendo a cultura alemã. Para comemorar a data, Felipe que é vereador pelo PDT e atual presidente da Câmara de Vereadores de Novo Hamburgo – sua cidade natal – tirou um tempo para trabalhar na divulgação de sua mais nova obra, “Preservando fragmentos do Passado”.

Conforme o autor, a 16ª publicação se difere, pois aborda o processo da criação dos demais títulos. “É um trabalho diferente porque nesta obra conto sobre a história da própria pesquisa e como foi, nesses anos todos, descobrir esse vasto material, especialmente sobre os vales do Sinos e do Caí”, comenta. O escritor também falou sobre antigos e novos projetos e sua ligação com Montenegro.

O livro já está na gráfica, porém ainda não há data definida para seu lançamento. Contudo, uma coisa já é certa “Será lançado entre setembro e outubro”, afirma Felipe. Jornalista de formação, ele fez questão de vir à “Cidade das Artes” compartilhar a notícia. “Aqui na região do Caí já tenho publicações sobre Linha Nova, São José do Hortêncio e Bom Princípio”, comenta.

Felipe começou a pesquisar com 14 anos de idade motivado pela curiosidade de conhecer a história da própria família. “Quando a minha vó paterna faleceu, eu me dei conta de quantas coisas ela falou sem que ninguém tenha anotado. Eu fiquei com uma caixa de fotos antigas que era dela. A partir daquilo ali eu comecei a buscar a genealogia e a história dos meus parentes”. Histórias para contar não faltaram ao pesquisador ao longo de quase duas décadas de investigações sobre o passado. “Cada tema da cultura alemã daria um livro. Nos meus dois primeiros, trouxe linhas gerais sobre imigração e o desenvolvimento do sul do Brasil através dos alemães. Nos terceiro e quarto trago as cartas e memórias que os próprios imigrantes escreveram, que e eu busquei entrevistando as famílias”, relata.

Conciliar o cargo político com os trabalhos de pesquisa não tem sido fácil, mas, paciente, Felipe garante que ainda há muito a ser explorado e revelado para os leitores. “Continuo escrevendo. Hoje tenho um acervo de mais de 37 mil fotos antigas sobre os alemães, seus descendentes e localidades fundadas por eles. E continuo buscando mais. Peço aos leitores do Jornal Ibiá, que tenham material e possam compartilhar, para que entrem em contato comigo. Cada material, as vezes incentiva uma nova descoberta e a continuidade da pesquisa”, destaca.

Felipe Kuhn fala de sua ligação com Montenegro
Em 2014, Felipe lançou três obras. Uma delas destaca-se pela ligação pessoal do autor. Trata-se do livro “Família Kuhn, 500 anos de história: origens e descendência dos Kuhn de Picada Café”. Foram 13 anos de pesquisa até a publicação da obra. Para Felipe, o principal objetivo de suas obras é manter viva a memória dos povos, suas lutas e conquistas.

Sobre Montenegro, Felipe revela uma relação que poucos conhecem. “A minha vó materna é Moraes com raiz em Montenegro. Um dos primeiros proprietários de terras aqui de Montenegro, lá em 1780, era nosso antepassado. Ele faleceu em 1824, chamava-se José Apolinário Pereira de Moraes. Ele era pai do Apolinário Pereira de Moraes, que foi um dos fundadores da cidade”.

Felipe ainda não tem planos de escrever um livro sobre Montenegro, mas não descarta essa possibilidade, pois já conta com um vasto material para empregar em uma possível narrativa. Quem tiver algum tipo de documento ou foto, que possam servir nos trabalhos de pesquisa, pode entrar em contato com Felipe pelo telefone 9 99711456 ou pela rede social Facebook.

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