Laura Bergamaschi é aprovada para segunda etapa do Bolshoi

Bailarina de 10 anos se prepara para ir a Joinville

A montenegrina Laura Bergamaschi, uma promissora bailarina de apenas 10 anos de idade, deu um passo importante em sua carreira ao ser aprovada na primeira etapa da seleção nacional para a renomada Escola de Ballet Bolshoi. A filial em Joinville, Santa Catarina, única no Brasil, é seu foco. Rafaela Sarmento Bergamaschi, mãe de Laura, conta que desde muito jovem, Laura demonstrou uma atração natural pelo ballet. “Sempre incentivamos a Laura a fazer ballet, mas a vontade inicial partiu dela desde muito pequena. Mal falava e, quando passávamos em frente à Fundarte, ela dizia que ia fazer ballet ali”, relembra. Esta paixão levou Laura a começar suas aulas de ballet aos dois anos de idade na escola Sinodal, sob a orientação de Graci Canello. Em 2018, com idade suficiente, ela ingressou na Fundarte, instituição onde continuou a aprimorar suas habilidades. Desde o ano passado, a pequena Laura vem enriquecendo seu conhecimento com grande ajuda da professora Débora Alencastro.

O ballet tem um significado especial para Laura e sua família, sendo visto não apenas como uma forma de arte, mas também como uma disciplina que forma caráter. “O ballet é uma das coisas mais importantes pra Laura, ao meu ver. Ela ama dançar e prioriza as aulas e ensaios”, destaca Rafaela. Ela também enfatiza os benefícios do ballet na formação de valores importantes como a disciplina e o comprometimento.

Com classe, Laura segue os passos da professora nos ensaios

O apoio da família e dos professores da Fundarte foi e é crucial para Laura. “O pai incentivava ainda mais que eu, porque tem momentos em que a Laura cansa, desanima por ter que acordar cedo no frio para as aulas, e é ele quem lembra ela da importância do ballet”, conta. Além disso, os professores sempre acreditaram no potencial de Laura, o que deu à família a confiança necessária para considerar a audição para o Bolshoi.

Laura compartilha sua jornada e paixão pela dança, enquanto se prepara para a seu próximo desafio. Ela revelou as motivações que a levaram a escolher o ballet e como essa arte a faz sentir. Desde muito pequena, Laura já sonhava com o ballet. “Eu quis entrar no ballet bem pequenininha. Todos os dias eu falava que queria entrar na Fundarte e ser bailarina. Quando chegou a idade certa, eu finalmente entrei”, contou ela, com o brilho nos olhos que evidencia sua paixão.

Mas o amor de Laura pela dança não se limita ao ballet. “Eu gosto de ballet, mas também faço jazz e outras danças. Eu realmente gosto de vários tipos de dança”. Quando questionada sobre o que a faz gostar tanto do ballet, Laura explicou: “Acho que para mim, gosto mais de ballet. Não gosto muito de ginástica, então o ballet é o que me atrai.” Curiosamente, Laura não tem antecedentes familiares na dança, o que torna sua paixão ainda mais impressionante. Agora, Laura enfrenta uma fase crucial em sua carreira ao avançar para a segunda etapa do Bolshoi. “É uma etapa muito importante. Acho que vai ser muito treinamento, e estou me preparando para isso, ou tentando”, afirma, demonstrando uma determinação que promete levar sua carreira longe.

O processo de seleção
A decisão de participar da seleção para o Ballet Bolshoi foi tomada com muita reflexão e diálogo. “Quando explicamos pra Laura sobre o Bolshoi e a decisão importante que seria para ela, tão nova, de pronto ela respondeu que era isso que queria: ser bailarina profissional”, diz Rafaela. A primeira fase da audição, que aconteceu no dia 25 de julho em Joinville, é uma das várias realizadas em todo o Brasil, visando identificar talentos que possam se adaptar ao método Vaganova, utilizado pelo Bolshoi.

Apoio e incentivo de Débora motivam ainda mais a pequena Laura

Com a aprovação na primeira etapa, Laura se prepara para a próxima fase, que ocorrerá em outubro e reunirá todas as candidatas selecionadas no país. Rafaela expressa otimismo e orgulho. “Essa certeza e confiança da Laura nos ajudou a decidirmos pela inscrição na seleção da escola russa”. Agora, a família Bergamaschi aguarda ansiosamente a segunda etapa, esperançosa de que Laura continue a brilhar em sua jornada no mundo do ballet.

Agora, nos dias 18 e 19 de outubro, em Joinville, acontece a segunda etapa, onde participam todas as selecionadas do Brasil na primeira audição. Rafaela explica que para a faixa etária de Laura, não é necessário ter conhecimento em dança. Segundo ela, os avaliadores analisam o perfil dos candidatos para o método utilizado pela instituição, o Vaganova.

Professora é grande incentivadora
A professora de ballet Débora Alencastro comemora o progresso de sua aluna Laura, que avançou para a segunda etapa do prestigiado Bolshoi. Ela destaca a importância do apoio familiar e da paixão pela dança no desenvolvimento de uma carreira bem-sucedida no ballet. “Este é o trabalho que escolhi para minha vida. Quando vemos uma criança tão pequena com este interesse, é fundamental ter o foco e o incentivo da família. Esse suporte é crucial para o progresso na carreira de dança, que começa muito cedo.” Muito satisfeita, ela deseja motivação para que Laura continue avançando e alcance sucesso, enfatizando que seus alunos são preparados para enfrentar o mundo.

Na ponta das sapatilhas, Laura carrega consigo o sonho de ser bailarina profissional

Débora também compartilha como conduz suas aulas de maneira leve e atrativa, refletindo sua paixão pela dança. “Eu gosto muito do que faço e acredito que essa alegria e paixão transparecem nas minhas aulas. Essa abordagem desperta a mesma paixão nas alunas”, explica. Sobre Laura, Débora foi enfática ao afirmar que a jovem bailarina já possui todas as qualidades necessárias para triunfar no ballet. “Ela já tem tudo! Desejo sempre foco, atenção e a consciência de que nem tudo será fácil. O suporte familiar que ela tem é o mais importante, pois é essa base que a sustentará nos momentos difíceis e a ajudará a voar cada vez mais alto”, conclui.

Uma curiosidade é que o filho de Débora, João Pedro Alencastro, 10, também passou recentemente para o Bolshoi, mas, por sua vez, já está aprovado 100%. O menino faz aulas com o marido de Débora e seu pai, Itiberê Alencastro. “Ele nasceu dançando”, diz a professora, muito orgulhosa.

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