Síndico prioriza retorno dos moradores, mas isso só ocorrerá após reforma
No último dia 30 de abril, dezenas de moradores do prédio Mirante Progresso precisaram sair às pressas de seus apartamentos para buscar um novo lar temporário. O motivo: rachaduras identificadas em um muro da edificação, consequência das fortes chuvas que atingiram todo o Estado na última semana. A situação preocupante levou os bombeiros a determinarem a evacuação imediata dos moradores e a interdição do prédio.
Síndico do Mirante Progresso desde 2023, Ferdinand Pölking tratou de tranquilizar os moradores durante a evacuação junto aos representantes do setor administrativo do condomínio. “Por volta das 18h (de terça, dia 30), fui acionado e me desloquei até o Mirante Progresso. Essas rachaduras começaram em um lado que, posteriormente, foi detectado que teve um deslizamento do lado da Estação da Cultura. Então, começaram pela garagem. A gente evacuou a garagem e depois evacuamos os apartamentos”, conta.
Ferdinand frisa que alguns moradores estavam fora do prédio, então saíram com a roupa do corpo e os documentos, pois quando voltaram, o prédio já estava interditado por ordem do Corpo de Bombeiros. Quem estava na parte interna, conseguiu levar alguns pertences pessoais ao sair. “Posteriormente, foi aberto um momento para as pessoas irem até o prédio e retirar os pertences pessoais mais importantes”, acrescenta.
O síndico e os demais moradores receberam laudo de que os problemas na edificação se concentravam apenas no muro que cedeu posteriormente, devido às rachaduras. “A estrutura dele está ok, já temos a opinião de mais de um engenheiro. A parte estrutural do prédio não sofreu nenhuma avaria. A gente tem laudo de que a estrutura não foi danificada, estava intacta e esse quadro segue até hoje. Ele está sendo monitorado, mas não teve nenhuma evolução”, declara.
Em um primeiro momento, os moradores do Mirante Progresso buscaram abrigo em residências de familiares, assim como boa parte das pessoas atingidas pela enchente. Em relação ao retorno para o prédio, Ferdinand prevê que os moradores possam voltar em até dois meses. “O retorno é prioridade, e já estamos tendo reuniões para estipular datas. Mas como o tempo ainda não nos possibilitou começar o trabalho, e a gente depende disso, além da parte burocrática, acho que é um pouco cedo para adiantarmos a data”, explica.
“A gente tem que começar a obra para, enfim, dar uma garantia de que os prazos serão cumpridos. Estamos estipulando algo em torno de dois meses, possivelmente menos. Mas dependemos das condições climáticas e burocráticas. Estamos trabalhando para ser o quanto antes (o retorno)”, complementa o síndico.
A construtora responsável pelo Mirante Progresso e os moradores se reuniram nessa terça, dia 7, para esclarecer questões envolvendo a edificação. “A construtora foi transparente e passou o panorama para nós. Vejo que existe um interesse muito grande no resultado, tanto por parte da construtora, quando por parte dos moradores. Vejo essa questão da interdição por uma parte preventiva do Corpo de Bombeiros, por normas de segurança”, finaliza Ferdinand.