O casal de comerciantes Kazi Maruf e Nigar Afrose chegava para trabalhar, por volta das 8h da manhã desta sexta-feira, 27, quando foi surpreendido pelo arrombamento de sua lancheria. De janeiro até agora, essa é a quarta invasão ocorrida no local. A Brigada Militar esteve no local e registrou um termo circunstanciado.
O acesso ao prédio localizado na rua Ramiro Barcelos esquina com a rua Dr. Hugo Wolgemuth, no Centro de Montenegro, se deu através do telhado. Devido à grande quantidade de itens furtados do local, Kazi acredita que o crime tenha sido cometido em dupla. As telhas foram afastadas e o forro, em PVC, quebrado para dar passagem ao ladrão, próximo à coifa. Para sair, foi usado o alçapão.
Salgadinhos, refrigerantes e uma caixa com 10 frangos, congelados, foram levados. Um prejuízo de cerca de R$600,00. A retirada das mercadorias também ocorreu pelo telhado.
Além dos itens subtraídos, há a despesa para conserto dos estragos, valor calculado em torno de R$400,00, e ainda um dia inteiro com portas fechadas, sem efetuar nenhuma venda. Kazi diz que neste mês não terá nenhum lucro, ao contrário, vai ter de usar dinheiro de seu trabalho noturno, em uma empresa privada, para custear novas compras para a lancheria.
O casal, natural de Bangladesh, chegou a morar um ano em São Paulo antes de vir para Montenegro, onde resolveu investir na atividade comercial. Mesmo diante das dificuldades, nos planos não consta a opção desistir.
Arrombamentos e assalto
A lancheria foi aberta há um ano e meio. O primeiro arrombamento ocorreu em janeiro deste ano. Os ladrões entraram pela porta de acesso pela rua Dr. Hugo Wolgemuth. Na ocasião também foram furtados refrigerantes e salgadinhos e R$80,00 em moedas. Três dias depois, eles voltaram pelo mesmo local para levar mais alimentos.
Em abril ocorreu o terceiro arrombamento, que pela primeira vez foi pelo telhado. Não bastasse isso, Nigar sofreu uma tentativa de assalto praticada por um indivíduo ao qual há poucos dias havia dado comida. O homem usou uma faca de serra para tentar forçar a mulher a lhe dar R$50,00. A comerciante viu que um grupo de pessoas passava pela calçada e gritou por socorro. Com isso, o ladrão saiu correndo do local. “É uma vergonha, se a pessoa sente fome tem que pedir comida”, diz Kazi.