Jovens se unem e criam o grupo “Força Tarefa Montenegro”

VOLUNTÁRIOS limpam locais atingidos pela enchente do Rio Caí

Em meio à catástrofe natural que se instalou em Montenegro no começo deste mês, jovens se sensibilizaram com a situação das vítimas da enchente do Rio Caí e formaram o grupo “Força Tarefa Montenegro”. A equipe se destina a limpar locais afetados pela enchente, demonstrando solidariedade e empatia nesse difícil momento.

Mais de 250 pessoas se disponibilizam para o trabalho voluntário. A organização das equipes ocorre através do WhatsApp. O sistema de seleção dos locais a receber ajuda também se dá pela internet, mas isso não impede que pessoas ou entidades não cadastradas solicitem ajuda.

Além dos lares de idosos e de abrigos infantis, grupo limpa as casas de famílias

“Via formulário do Google, fizemos o mapeamos das casas inscritas para receber ajuda. Nossos voluntários também inscreveram casas de idosos. Pontuamos locais prioritários para receber ajuda, os lares de idosos, casas de gestantes e de pessoas com necessidades especiais”, explica Raissa Moura, de 24 anos, membra da organização do grupo. Ela ingressou na causa através de Lucas Yan, ele e Gregory Giacomini trabalharam juntos para dar a atual formatação do “Força Tarefa Montenegro”.

Após atender aos grupos prioritários, os voluntários irão se dedicar às residências em geral. “Mapeamos a cidade, e conforme o pessoal vai finalizando a limpeza colocamos um ícone verde no mapa, mostrando que o serviço foi executado. São vários ícones nos quais constam endereço e o nível de cada prioridade”, detalha Raissa.

Iniciativa visa levar um pouco de conforto emocional

Um abrigo para crianças no Centro de Montenegro recebeu a visita de nove voluntários do grupo, na última terça-feira, 7. “Várias crianças residem nesse local e, como algumas casas prioritárias a gente ainda não consegue acessar, colocamos aqui como prioritária por ser um local que acolhe os pequenos. Hoje nove crianças estão abrigadas em uma igreja”, diz Raissa.

O trabalho no abrigo envolveu retirar a camada mais espessa de lama, o que precisou ser feito com água retirada da própria enchente, devido à falta de água potável. Com a ajuda de baldes, os voluntários pegaram água na rua Fernando Ferrari. “O sentimento ainda é de impotência porque gostaríamos de ajudar todo mundo, mas é muito bom ouvir o agradecimento das pessoas que a gente vai conseguindo ajudar”, expressa a jovem. Ela destaca que as pessoas ficam desoladas ao abrir suas casas, mas quando vêem que há pessoas ali dispostas a ajudar, surge o sentimento de amparo.

“A minha mãe perdeu a casa dela em Triunfo, e a mãe da minha melhor amiga também. São casas de madeira que ficaram totalmente submersas”, conta Raissa sobre o drama que também atinge mais de 400 municípios gaúchos. “A gente tenta ajudar como pode”, conclui.

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