Uma jovem de 22 anos foi estuprada por três homens durante quatro dias, em Montenegro. A vítima foi, segundo a mãe dela ouvida pelo Jornal Ibiá, na quarta-feira da semana passada, até a casa onde ocorreria uma festa. Ela estava acompanhada de uma amiga e conhece um dos criminosos. As agressões sexuais aconteceram no local.
A jovem apareceu em casa apenas na noite de sábado, após conseguir se desvencilhar do bando e fugir. Apesar de ter sido feito boletim de ocorrência na Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA), em estado de choque, por enquanto, a moça não pretende dar andamento ao caso na Polícia Civil e na Justiça. Ela foi levada pela família para atendimento no Hospital Montenegro, onde foi realizado um laudo médico, mas não quis ir até o Departamento Médico Legal (IML) em Porto Alegre para exame de corpo de delito.
“Não quis nem passar para frente (buscar uma punição dos acusados). Quer tentar esquecer”, revela a mãe. Ainda assim, ela acredita na Justiça. “Um dia, eles vão pagar pelo que fizeram com a minha filha. Se não por aqui (neste mundo), vai ser pela Justiça Divina. Acredito muito nisso”, comenta.
Mais detalhes sobre o crime, como o local onde ocorreu, por exemplo, não serão divulgados pelo Jornal Ibiá. O objetivo é o de preservar a identidade da vítima, o que causaria ainda mais sofrimento por meio de uma revitimização.
Se a jovem optar por, realmente, não representar criminalmente contra os três meliantes, o caso não terá andamento na Polícia e na Justiça, pois isso está condicionado à representação da vítima, conforme expresso em lei. Assim, os autores de um crime tão brutal podem se livrar da cadeia e acabar impunes. Livres, o bando pode fazer outras vítimas. Caso ela mude de ideia, a investigação ficará a cargo da Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (DEAM) de Montenegro.