Januário Corrêa suspende aulas por suspeita de rubéola

Pelo menos 20 suspeitas foram notificadas à Vigilância Epidemiológica

Pelo menos 20 crianças apresentaram sintomas semelhantes aos de rubéola na Escola Estadual de Ensino Fundamental Januário Corrêa, em Montenegro. De acordo com a instituição, elas têm manchas vermelhas pelo corpo, que podem ser indício da doença. Apesar da suspeita, conforme com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), os casos serão investigados para identificar se de fato trata-se de rubéola.
Em função do grande número de casos suspeitos, as aulas na Escola Januário Corrêa estão suspensas nesta segunda-feira por determinação da Coordenadoria Regional de Educação (CRE). A escola atende a 525 crianças do primeiro ao nono ano do Ensino Fundamental.
A vice-diretora, Daniela Boss, explicou que, até o início da manhã de sexta-feira, 26, eram oito casos, mas no fim da tarde já eram 20 crianças que apresentavam manchas vermelhas pelo corpo. “Todos os casos foram notificados à Vigilância Epidemiológica, mas ainda aguardamos os resultados dos exames para sabermos se é rubéola mesmo”, adianta.
Segundo a enfermeira responsável pela Vigilância Epidemiológica, Katia Kern de Jesus, o setor recebeu a notificação no fim da tarde de quinta-feira, 25, e agora é preciso fazer os exames clínicos para identificar o que as crianças de fato possuem. “Não temos dados laboratoriais confirmados, então temos que investigar o que houve”, afirma a especialista. “Estamos entrando em contato com as famílias para podermos descobrir o que é”, acrescenta.
Katia informou ainda que as crianças foram afastadas da escola, “mas não é caso de fechar o educandário”.
A Vigilância Sanitária declarou que não há surto da doença, porque ainda não se tem o resultado dos exames de laboratório.
Desde 2008, o Brasil não registra casos de rubéola, que é prevenida com a vacina tríplice viral, aplicada em bebês de 12 a 15 meses e com reforço em crianças entre quatro e seis anos. A tríplice viral é uma vacina combinada que protege contra sarampo, caxumba e rubéola.

Diagnóstico
O diagnóstico deve ser feito por um médico. O primeiro passo, ao se perceber os sintomas, é procurar uma unidade de saúde. As erupções na pele causadas pela rubéola se parecem com outras erupções provocadas por doenças similares, por isso um exame físico não basta para confirmar o diagnóstico.
O médico, então, pedirá exames laboratoriais para ter certeza de que se trata de uma infecção por rubéola.

Tratamento
O tratamento é preventivo, feito com a vacina tríplice viral, que protege contra sarampo, caxumba e rubéola. Após a confirmação do diagnóstico, é recomendado o repouso e o uso de medicamentos para aliviar a febre e o desconforto causado pelas dores. Evitar, principalmente, ir ao trabalho, escola, faculdade ou frequentar ambientes sociais, a fim de impedir a transmissão do vírus para outras pessoas.

Prevenção
Vacinação é o meio mais seguro e eficaz de se prevenir rubéola. Ela é disponibilizada pela rede pública de saúde, sendo aplicada em bebês de 12 a 15 meses, mas algumas vezes é administrada antes e durante epidemias. O reforço é aplicado rotineiramente em crianças entre quatro e seis anos. A tríplice viral é uma vacina combinada que protege contra sarampo, caxumba e rubéola. Já a vacina tetra viral protege também contra catapora.

SAIBA MAIS
A rubéola é uma infecção contagiosa causada por vírus e caracterizada por erupções vermelhas na pele. A doença pode se espalhar pelo contato direto com a saliva ou o muco de uma pessoa infectada ou pelo ar, por meio de gotículas respiratórias produzidas ao tossir ou espirrar.
Alguém com rubéola pode transmitir a doença a outras pessoas desde uma semana antes do início das erupções até uma a duas semanas depois de seu desaparecimento. Os sintomas costumam aparecer de duas a três semanas após a exposição e também incluem febre baixa e dor de cabeça.
Teoricamente, a rubéola estava erradicada no Brasil. Recomenda-se que as crianças sejam vacinadas para prevenir o ressurgimento da doença.

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