Intenção de consumo das famílias gaúchas aumenta 9,2% em março

A intenção de consumo das famílias gaúchas em março apresentou elevação de 9,2% na comparação ao mesmo mês de 2017, atingindo 71,4 pontos – o que representa um acréscimo de 2,3% sobre fevereiro/18.  A pesquisa foi divulgada pela Fecomércio-RS. A melhora do indicador referente à perspectiva profissional foi a que mais contribuiu para o resultado do ICF no mês.

“O cenário atual do mercado de trabalho mostra que a tendência é de melhora nos próximos meses com a retomada da atividade econômica, o que justifica a percepção das pessoas”, afirma o presidente da Fecomércio-RS, Luiz Carlos Bohn.

A segurança em relação ao mercado de trabalho chegou a 89,6 pontos em março, revelando um recuo expressivo de 21,5% sobre março/2017. A pesquisa apurou que atualmente apesar de haver um contingente menor de pessoas desempregadas em relação ao ano passado, quem está ocupando uma vaga de trabalho se mostra bastante inseguro em relação à manutenção dessa posição.

O maior receio está concentrado entre os trabalhadores com renda mais baixa. A avaliação quanto à situação de renda ficou com 70,6 pontos, avançando 51,2% em relação a março/2017 – a elevada variação se dá pela base muito deprimida de comparação. Além disso, nos primeiros meses deste ano a inflação baixa contribuiu para o resultado da avaliação.

O indicador referente ao nível de consumo atual marcou 51,3 pontos em março, alta de 25,9% sobre o mesmo mês do ano passado. Segundo a pesquisa, a capacidade de consumo das famílias continua pressionada, pois a recuperação do mercado de trabalho ocorre de forma lenta e em posições com menor regularidade no pagamento de salários. Já o índice que mede a facilidade de acesso ao crédito cresceu 48,4% no confronto com o mesmo período do ano passado – aos 75,0 pontos. Apesar do mínimo histórico alcançado pela taxa básica de juros, esse recuo é passado de forma muito gradual ao consumidor. No entanto, com a perspectiva de manutenção da taxa em patamares inferiores e a retomada da economia devem ampliar o acesso ao crédito pelas famílias.

Já em relação ao momento para o consumo de bens duráveis, o ICF apurou uma elevação de 39,4% sobre março/2017, alcançando 60,1 pontos. Após recuperação verificada no segundo semestre de 2017, o indicador apresenta agora a segunda queda na margem, provocada, provavelmente,  pela insegurança em relação ao emprego. Nas perspectivas de consumo, houve uma retração significativa na comparação com março/2017, de -37,0%. Aos 60,4 pontos, o componente continuou a registrar elevadas quedas, mesmo sem novos fatores no cenário atual e vai em sentido contrário da avaliação que mede a perspectiva profissional.

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