Integração e muito diálogo marcam a volta às aulas

Rede estadual iniciou o ano letivo nessa segunda-feira, 21

Milhares de alunos acordaram cedo nessa segunda-feira, 21, para o primeiro dia do ano letivo de 2022. Outros tantos, voltaram às aulas à tarde. Cercada de expectativas, a volta foi marcada por muitas orientações a respeito dos protocolos de prevenção à Covid e integração entre educadores e estudantes.

No Colégio Estadual AJ Renner, os alunos foram recepcionados pela direção e pelos professores, e logo foram ao ginásio, onde uma médica passou instruções para evitar o contágio do novo coronavírus. O uso de máscara, o distanciamento e a vacinação foram algumas medidas citadas por ela. Todas as salas de aula da escola são climatizadas.

“A nossa expectativa é grande, organizamos toda a escola para receber os alunos. Esperamos não precisar voltar mais para o ensino remoto”, salienta Joseane Cabaldi, vice-diretora do AJ no turno da manhã. A diretora Elaine Schneider ressalta que cerca de 400 estudantes voltaram às aulas na escola nessa segunda-feira. Ela assegura que a instituição seguirá à risca todos os protocolos de saúde e, caso uma turma tenha três ou mais alunos infectados com a Covid-19, essa turma não frequenta a escola por alguns dias.

Elaine frisa que o AJ preparou inúmeras ações para o retorno dos estudantes. “Vamos trabalhar com a interdisciplinaridade, iremos escolher um tema, e esse tema será trabalhado em todas as disciplinas, com questões que sejam úteis na vida dos alunos. Temos que recuperar, de alguma forma, o tempo perdido, e fazer os alunos felizes”, destaca a diretora.

Feliz por voltar à escola, a estudante Brennda Ventura Constantino, de 18 anos, sentiu falta das aulas presenciais. “O EAD (ensino à distância) foi muito difícil, pois não tivemos o apoio de alunos e professores por perto. Acho que esse 3° ano será melhor. Sou uma pessoa que sempre gostei de estudar, arrumar a mochila, o lanche, vir para a escola… Gosto dessa rotina”, enfatiza.

Na Escola Estadual Técnica São João Batista, os alunos foram apresentados aos professores no saguão. A direção detalhou os protocolos sanitários, os horários das aulas e, na sequência, encaminhou os estudantes às salas de aula.

Supervisora da escola e vice-diretora do turno da noite, Viviane Aparecida da Silva Morandini reforçou a importância dos protocolos sanitários. “É um novo aprendizado, uma nova volta, não é mais como era antes. Frisei muito que eles precisam usar máscara e passar álcool gel. Nós professores, funcionários e alunos estávamos com expectativa e ansiedade desse retorno 100% presencial. Decoramos a escola para dar as boas-vindas e para ficar um clima mais leve, para os estudantes se sentirem bem e alegres”, diz.

O jovem Thiago Michaut de Mello está chegando agora no São João Batista e se mostrou animado com o início das aulas. “Aprendi muito no Januário (Corrêa) e quero desfrutar o máximo aqui (no São João).

Gosto muito de ler. Esse é o momento de aprender, errar e acertar. Conheço alguns colegas na turma e acho que isso vai facilitar minha adaptação na escola. Amigo e família são a base de tudo. Acredito muito em Deus, então acho que nada vai ser difícil nesse novo ciclo”, declara.

Alunos da EEEF Adão Martini, na Vendinha, foram recepcionados em frente à instituição

Após quase dois anos com aulas remotas, Polivalente retorna ao presencial
A volta às aulas foi especial para os cerca de 800 alunos do Colégio Estadual Dr. Paulo Ribeiro Campos, o Polivalente. A escola não tinha aulas presenciais desde o dia 18 de março de 2020, quando as aulas foram suspensas devido à pandemia de Covid-19. No ano passado, por conta da falta de energia elétrica após o furto de cabos elétricos, a instituição teve que manter as aulas de forma remota.

A diretora da instituição, Rosângela Salete Koch, aponta que grande parte dos alunos nunca chegou a estudar de forma presencial na escola, o que reforça ainda mais a importância de uma boa acolhida. “Eles são praticamente todos alunos novos, mesmo os que estão no terceiro ano tiveram só um mês de aula presencial no início da pandemia e o restante foi remoto. Então são alunos que não conhecem a escola e pra eles é tudo novo. Por isso vai ser um processo de acolhimento, pra que eles se acostumem de novo com a escola”, destaca Rosângela.

Estudantes do Polivalente voltaram ao ensino presencial nessa segunda-feira, 21

Rafael Lopes dos Santos, aluno do 9º ano, destaca que a volta do ensino presencial é uma oportunidade de recuperar os conteúdos e criar vínculos com professores e colegas. “A minha expectativa pra esse ano é aprender aquilo que não aprendemos nesses dois anos que se passaram. Também que possa ser um ano para aproveitar muito do que não pudemos nesse tempo que nós passamos na pandemia”, afirma.

A volta das aulas também foi de recomeço e muita expectativa para os alunos da EEEF Adão Martini, na Vendinha. Para a diretora da instituição, Anne Priscila Nunes Maciel, esse será um ano para recuperar os conteúdos que tiveram algum prejuízo durante o ensino remoto. “Muitos alunos não retornaram no ano passado, ficaram no ensino remoto. Então esse ano a gente vai se empenhar bastante pra recuperar aquele déficit que ficou dos outros anos”, destaca.

Outro grande desafio apontado pela diretora é o convencimento de pais e alunos a retornarem para o ensino presencial. “Aconteceu muito, no retorno do ano passado, mesmo sendo obrigatório, de alunos não quererem vir. Muitos por medo, ou até que se acostumaram a ficar nas aulas remotas. Isso pra nós é um pouco complicado pra poder recuperar”, aponta Anne.

A falta de profissionais na escola também é um problema relatado pela diretora. Para o início do ano letivo falta uma profissional de limpeza, uma merendeira, além de um professor para as séries iniciais e de Língua Portuguesa. “Esse é um problema que enfrentamos desde o ano passado, até agora não tivemos resposta ao pedido desses profissionais”, aponta a diretora. Mesmo com os desafios, a expectativa é que seja um ano de recomeço e muitas conquistas. “Espero que esse ano seja bem positivo, de muito aprendizado para os alunos”, conclui Anne.

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