Instalação do mamógrafo e do raio X sairá do papel

Equipamentos foram adquiridos pela Prefeitura em 2015 e nunca foram usados. Desde então, estão parados no HM

Está próximo de chegar ao fim o longo processo para instalação dos aparelhos de mamografia e de raio X no Hospital Montenegro, que foram adquiridos pela Prefeitura. Um novo convênio foi assinado, acordando um repasse de R$ 444 mil do município para o hospital e viabilizando, assim, a adequação das salas e a operacionalização dos equipamentos. Também será instalada uma impressora DRY para a impressão dos exames.

O ex-secretário municipal da Saúde, Luiz Carlos de Azeredo, foi um dos viabilizadores do acordo. Ele comemora a assinatura do convênio como o seu ultimo ato na Secretaria: “Me deixa muito feliz ter posto um fim nessa novela. Espero que essas máquinas estejam, muito em breve, à disposição dos montenegrinos”, comenta. Azeredo se exonerou quinta-feira.

Cerca de 70% das obras das salas onde ocorrerá a instalação, no Hospital, foram concluídas antes do vencimento do primeiro convênio

O mamógrafo, a impressora e o aparelho de raio X foram adquiridos em 2015, ainda no governo Paulo Azeredo, sem que existisse um local para seu funcionamento. Após o processo de impeachment, o prefeito Aldana chegou até a cogitar a devolução dessas máquinas. Foi quando o Hospital Montenegro manifestou a possibilidade da instalação delas em suas dependências, sendo necessárias obras para a adequação do espaço.

Os aparelhos foram entregues ao HM em dezembro de 2015, com a assinatura de um primeiro convênio de destinação de fundos para as obras. Na época, um repasse inicial chegou a ocorrer e, de acordo com o diretor do Hospital, Carlos Batista da Silveira, cerca de 70% das obras foram concluídas.

Atrasos, falta de comunicação entre as partes e não prestação de contas, no entanto, levaram ao vencimento deste convênio e à paralisação do processo em junho do ano passado.

Com impasses para a realização de um novo acordo e até a perda da garantia de uma das máquinas, acabou sendo necessário o envolvimento do Ministério Público para desenrolar a questão. Em março deste ano, a promotora Carmen Lúcia Garcia realizou audiência para cobrar responsabilidades da Prefeitura e do Hospital Montenegro sobre a instalação. Constatou-se que a verba do convênio inicial, proveniente de uma sobra no orçamento da Câmara, já havia sido destinada para outras demandas e que haveria a necessidade de buscar dinheiro na União.

Foi acordado, agora, cinco meses depois, um repasse de fundos da Prefeitura em quatro vezes. O primeiro deve ocorrer via depósito no dia 20, com o valor de R$ 127.558,89.. As obras de adequação das salas devem iniciar ainda neste mês. Estima-se que, até janeiro, a instalação esteja concluída e se possa iniciar a fase de testes dos aparelhos.

 

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