Justiça. Polícia pediu também a prisão preventiva dos três principais indiciados
A 1ª Delegacia de Montenegro encaminhou ao Poder Judiciário, sexta-feira passada, o inquérito a respeito do homicídio da pastora Marta Maria Kunzler. O relatório da Polícia Civil (PC) aponta como indiciados quatro homens, incluindo o companheiro da vítima, Adair Bento da Silva, 38 anos. Todos são acusados pelo crime de homicídio qualificado (motivo torpe e fútil, promessa de recompensa, traição e emprego de meio cruel).
O delegado da 1ª DP, Eduardo Azeredo, assinala que Adair terá uma qualificadora ainda maior devido ao fato de ser familiar. A Justiça costuma considerar que em caso com essa característica houve abuso da confiança da vítima no agressor. Adair e um segundo elemento — pai da menina que o casal pretendia adotar e suposto amante do esposo da pastora — estavam presos de forma temporária, mas receberam liberdade.
O terceiro preso, I.A.G, 22 anos, que foi capturado no município de Brochier, segue na cadeia. Agora a autoridade policial representou pela prisão preventiva (em geral até o julgamento) de três dos quatro indiciados, o que colocaria os outros dois de volta no sistema prisional. O quarto acusado segue foragido. Como a Justiça ainda não julgou essa representação, o delegado prefere não divulgar nomes, inclusive do foragido.
Azeredo salientou que o trabalho ágil do Setor de Investigações conta com o respaldo da Justiça e do Ministério Público (MP) de Montenegro. Esses dois órgãos trabalham de forma célere para atender aos pedidos de prisão, busca e apreensão e representações. Isso revela a plena confiança desses órgãos no trabalho da Polícia Civil em Montenegro.
Relembre o caso
A pastora evangélica Marta foi assassinada na noite de 14 de junho, dia em que completava 63 anos. Ela chegou em casa no bairro São Paulo por volta das 22 horas e foi atacada a golpes de faca e estrangulada com uma gravata masculina (que foi deixada no corpo). No local estaria apenas o marido e uma menina que o casal queria adotar. Inicialmente, Adair chamou a Brigada e afirmou que ocorreu um assalto, sendo que ele e a criança teriam sido trancados em um quarto. O carro da pastora foi levado e abandonado na localidade de Passo da Amora, junto com evidências. Chamou atenção que itens de valor, como joias da vítima, foram deixados no carro.
Já no primeiro depoimento à Polícia Civil, Adair se contradisse, além dos relatos irem ao encontro dos indícios apurados pela investigação.
Quando o segundo elemento foi preso, ele confessou a autoria e a participação do viúvo, mas Adair nega as acusações.