Hospital Montenegro será uma das casas de saúde afetadas com o programa do governo
Lançado pelo Estado no início de agosto de 2021, o programa Assistir teve mais uma vez prorrogação no prazo para início. A decisão foi tomada após o governador em exercício, Gabriel Souza, receber na tarde de sexta-feira, 7, o relatório final sobre o programa, elaborado pela Comissão de Representação Externa da Assembleia Legislativa. A entrega foi feita pela deputada estadual Patrícia Alba, acompanhada do prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo.
O documento foi elaborado com base no pedido de reavaliação do programa, que prevê a redistribuição de recursos para hospitais gaúchos conforme suas produções. Com 386 páginas, apresenta o plano de trabalho e recomendações da comissão. “O programa teve seu prazo prorrogado até março, dando mais tempo para busca de alternativas para os casos em que as instituições pedem a sua revisão”, destacou Souza, que também parabenizou o trabalho da comissão.
Coordenadora dos trabalhos, a deputada Patrícia informou que na próxima quarta-feira, 12, haverá uma nova reunião com o secretário-chefe da Casa Civil para dar andamento ao assunto. “Como agentes políticos, nossa preocupação é com a manutenção dos serviços nas cidades que têm hospitais envolvidos e que são referência para suas regiões”, explicou a parlamentar.
O programa tem como objetivo de padronizar e tornar mais transparentes e justos os critérios de distribuição de incentivos hospitalares estaduais repassados às instituições hospitalares vinculadas ao Sistema Único de Saúde (SUS). Dos 218 hospitais aptos a receberem incentivos estaduais, por se enquadrarem nos critérios estabelecidos pela iniciativa, 162 terão acréscimo nos recursos com o novo programa e 56, alguma queda.
O Hospital Montenegro 100% SUS está entre os que gradativamente terão seus recursos cortados. De acordo com a casa de saúde, a notificação do Estado quanto à mudança dos recursos para o HM ocorreu no dia 5 de agosto de 2021, e informou a redução de 80% sobre o valor atual, o que corresponde a cerca de R$ 1,4 milhão/mês na receita. No final de agosto o governo do Estado já havia adiado para janeiro o começo do programa.