Infância e tecnologia: conciliar é a saída

Futebol é atividade ao ar livre que une irmãos de idades distintas

Com 20 anos de idade, Camila Salles, 38, teve a primeira experiência de ser mãe. A primeira filha, Monique Oliveira, 17, veio como uma forma de ensinamento para tudo que estava por vir. Atualmente, Camila tem uma grande família com o marido Douglas Salles, 32, e os filhos Asafe Oliveira, 14, João Oliveira, 11, e Ryan Sampaio, 8. A irmã, quase na fase adulta, já tem suas responsabilidades e, mesmo que more com a família, segue sua rotina fora de casa. Enquanto isso, Camila e Douglas seguem dia a dia ao lado dos filhos, a fim de manter a infância viva dentro de casa, principalmente para os menores.

Camila nota de longe a diferença entre o filho mais novo e a mais velha quando se trata das brincadeiras e comportamentos na infância. “A Monique, quando pequena, era mais ingênua, comparando a idade com o Ryan agora. Com oito anos, ela ainda brincava de boneca, queria pular corda, jogava peteca. O Ryan, hoje, quer saber de videogame, celular, Free Fire. A Monique não tinha celular nessa idade”, conta. Mas, nem por isso Camila deixa com que a infância se resuma à tecnologia avançada dos dias atuais.

Na imagem, Camila, o marido Douglas e três filhos

Ela conta que a principal atividade que une os três meninos é o gosto pelo futebol. Questionados, os jovens respondem prontamente que desejam ser jogadores, de preferência fora do Brasil. Quando o tempo colabora, é futebol na certa, momento em que os aparelhos digitais perdem a importância. Como moram próximo à Praça São Pedro, em dia de sol, a mãe se sente à vontade em deixar os meninos jogarem no local. “Moramos no bairro há bastante tempo, então os vizinhos já conhecem, caso esteja pra acontecer algo. Eles adoram”, conta Camila.

Os três também gostam de jogar videogame juntos, mas a mãe adianta: há limite de tempo em casa para os aparelhos tecnológicos. “Aqui em casa eu limito o que cada um olha no celular e o tempo. Quando a gente vê que os guris estão muito no celular ou videogame, eu digo que chega, convido para brincar. Esses dias, tiramos tudo deles e fomos usar os brinquedos”, relata.

Camila conta que apenas Asafe, o mais velho, tem chip no celular, para um controle do bem de quais conteúdos os meninos menores têm acesso no telefone. “Os menores só jogam joguinhos mesmo, a gente está sempre de olho. Quando incomodam, tiramos o aparelho de qualquer um dos três, aqui em casa é pelo merecimento, se não merece, não tem celular”, destaca. Douglas relembra que em sua infância, as brincadeiras eram totalmente diferentes, e que ele e Camila tentam trazer isso para os filhos. “Eu brincava de carrinho de lomba, skate também. Até fiz um carrinho pra eles, mas durou uma semana, depois largaram de lado”, confidencia. O momento em que toda a família e reúne é durante a janta. “Escolhemos um filme e todo mundo olha junto, depois sim, cada um pode fazer suas coisas”, conclui Camila.

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