SUSTO NECESSÁRIO. Alunos e bombeiros demonstraram estar preparados para enfrentar o pior
O disparo de alerta soado pelo alarme da Escola foi combinado entre bombeiros e direção. A fumaça era de gelo seco. Mas as viaturas, seus ocupantes e a água, usada na simulação, eram reais. Tudo foi preparado para testar a capacidade de reação de alunos e bombeiros perante uma eventual ocorrência de incêndio. O 1º Simulado de Evacuação de Área, conduzido pelos Bombeiros Militares de Montenegro, com apoio da Brigada Militar, Guarda Municipal e Samu, ocorreu nessa quinta-feira, dia 13, na Escola Estadual Técnica São João Batista.
Enquanto os estudantes estavam em aula, bombeiros instalaram o equipamento para gerar a fumaça. A diretora ficou encarregada de ligar para o quartel e solicitar “ajuda”. Do outro lado da linha o sargento Ricardo Viegas de Mattos e outros membros da corporação acataram o chamado e se deslocaram em tempo hábil a garantir a segurança de todos. Assim teve início o treinamento aplicado aos cerca de 960 alunos dos turnos manhã e tarde da Escola.
“A gente saiu da sala sem saber o que estava acontecendo. Quando estávamos descendo as escadas, e vimos a fumaça, começamos ficar assustados”, relata a estudante do 3º ano do Ensino Médio, Maria Fernanda de Lima, de 18 anos. A colega dela, Maria Eduarda Rodrigues, de 17 anos, teve reação semelhante. “Falei: meu Deus, o que está acontecendo? Tá pegando fogo! Quando apareceu o bombeiro fiquei mais tranquila”, conta a jovem.
Para o sargento Mattos, a reação dos estudantes ao simulado foi positiva. Assim como também foi satisfatório o conjunto de resultados observados no treinamento. “Em menos de quatro minutos chegamos na escola; em menos de dois minutos, retirarmos os alunos. Se a situação fosse real teríamos tempo para combater o incêndio e salvar a edificação”, aponta o sargento.
“Nossa avaliação é muito positiva. Apesar de a escola ser distante do quartel, o tempo resposta foi muito rápido”, observa o capitão André Borges Fernandes, comandante da 1ª Cia do 2º Batalhão dos Bombeiros Militares de São Leopoldo, a qual o quartel de Montenegro está subordinado.
Foi de Borges a ideia de promover o simulado nas escolas da Cidade. Mattos ficou encarregado de organizar e ministrar as ações. Nessa quinta-feira, o capitão veio acompanhar o trabalho da equipe local, na Escola São João. “É fundamental que os alunos estejam preparados para esse tipo de situação e, principalmente, saibam como se portar sem entrar em pânico, caso aconteça um incêndio”, explica Juliana Cabreira Bender, diretora da instituição de ensino.
“Com essa simulação, a gente está mais ciente do que fazer. Se acontecer um incêndio, devemos seguir as placas e, também, prestar a atenção nos professores, eles sabem para onde devemos ir”, acrescenta a estudante Maria Fernanda. “Ainda temos muitos pontos para conseguir ajustar em relação aos alvarás e procedimentos. Mas, enquanto o documental está tramitando, a gente se assegura que esses alunos poderão contar com a gente. Não é simplesmente um simulado. A ideia é proteger as pessoas”, pontua Mattos.