Longa foi exibido em encontro de idosos
Cerca de 100 idosos marataenses se reuniram na tarde desta quarta-feira, dia 5, no Parque Municipal da Oktoberfest, no Centro de Maratá, para participar do primeiro grande encontro desde o início da pandemia do novo coronavírus. As atividades com os idosos já haviam sido retomadas em março, mas ocorriam dentro das comunidades. O encontro geral serviu como celebração do Dia Mundial do Idoso, lembrado em 1º de outubro, e também para o lançamento do documentário “Recordando Maratá”.
A produção audiovisual é o resultado de um projeto desenvolvido pelo Centro de Referência em Assistência Social (Cras) Conviver. O documentário foi iniciado a partir de uma percepção tida durante o pico da pandemia: a vontade dos mais velhos de contar como eram as coisas. Assim, 11 moradores de diferentes comunidades foram selecionados para falar. As mais de 10 horas de gravação resultaram em um documentário de pouco mais de uma hora de duração e que foi exibido pela primeira vez durante o encontro.
“A gente viu a necessidade (de gravar o documentário) pelas histórias que eles contavam. Tanta coisa era relatada e tanta coisa eles nos traziam”, justificou a assistente social Jaqueline Gauer Wollmann. “Eram histórias muito interessantes e pensamos: ‘temos que resgatar isso para não se perder’”, reforçou. No vídeo, diferentes moradores idosos contam como era a vida em Maratá antigamente. Uma segunda edição do longa já é pensada.
“É um história muito bonita (a de Maratá)”, comentou Pedro José de Souza, 76 anos, um dos idosos entrevistados para o documentário. “Vi um velho desajeitado declamando”, gracejou ao falar como foi se ver no telão. Sua participação foi marcada pelas poesias por ele criadas. Segundo Pedro, participar do documentário foi muito prazeroso. “Me orgulho de estar aqui”, garantiu.
Quem também gostou da experiência foi Claudete Bohn, 59 anos. “Acho que tem que relatar (a história), como a gente se lembra do passado”, afirmou. Ela revelou que quando recebeu o convite de uma vizinha para participar do documentário ficou na dúvida se deveria ou não dar seu relato. No final, o resultado agradou. “É legal se ver (no telão). É uma novidade”, disse.
Além dos presentes, demais pessoas também poderão assistir ao documentário, uma vez que ele será publicado na página do Cras Conviver no YouTube. Além dos 11 relatos, o longa também recupera fotos antigas e imagens atuais de locais citados nos depoimentos.
O encontro desta quarta-feira também contou com outras atrações. Uma delas foi a apresentação de dança do grupo de mulheres idosas do Cras. Também houve lanche para todos e uma ação do projeto Rede Bem Cuidar RS.