Ibiá completa 41 anos fazendo um jornalismo plural e dando voz ao cidadão

ASSINANTES e anunciantes relatam histórias que marcaram nas quatro décadas de existência

Criado em 16 de março de 1983, o Jornal Ibiá está completando 41 anos em 2024. Desde a sua fundação, a missão é realizar um jornalismo plural, dando voz a todos os segmentos da sociedade. Ao longo das mais de quatro décadas de existência, foram centenas de histórias contadas e muitos os montenegrinos que tiveram parte de suas vidas registradas nas páginas do impresso e no digital.

Uma dessas pessoas é dona Terezinha Chassot Angeli, 71, que tem uma longa história com o Ibiá. Ela conta que a primeira vez que teve seu nome nas páginas do jornal foi em 10 de agosto de 1983, quando se formou em Matemática pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos e foi publicado na coluna Roda-Viva, junto com outros formandos. Dona Terezinha mantém até hoje o recorte da publicação, assim como outras reportagens que participou.

Outra lembrança que ela guarda com carinho é a primeira foto em que apareceu no jornal, em 22 de junho de 1983, em uma reportagem sobre a reunião da Associação dos Universitários Montenegrinos. “Na foto estou ao lado do Sr. Marcírio Carpes, presidente da Associação, e eu, Secretária, na época. No mesmo ano, em 22 de dezembro, saiu uma reportagem com foto sobre a campanha de doação de armação de óculos do Rotary Club Centenário. Nessa campanha, foram arrecadadas 38 armações junto à comunidade, sendo que 4 foram para vovós carentes que moravam em asilos, e 34 para o Mobral”, comenta.

Publicação da formatura, em 1983, é guardada por dona Terezinha com carinho

Nos anos seguintes, dona Terezinha relata que participou de outras reportagens, como da Semana Farroupilha e a inauguração do Galpão Crioulo do 5º BPM, em setembro de 1985. “A foto da casa onde eu residia com meus pais também apareceu na reportagem da enchente de julho de 1983. Além dos exemplos citados, tenho ainda muitos outros registros guardados com carinho”, afirma. Ela conta que a relação com o Ibiá surgiu com seu pai, que tinha o hábito de adquirir o jornal nas bancas. Depois, também passou a ser assinante e segue até hoje.

“Foram muitas as vezes que colocamos algo na Coluna Social, como aniversários de nossos filhos, mensagens de formaturas, congratulações por conquistas dos nossos filhos na escola ou no tradicionalismo. Fiz até um álbum para o meu filho Pedro, com suas participações e vitórias na Chula”, conta dona Terezinha. Sobre o tradicionalismo, ela relata que sempre teve apoio do Ibiá na cobertura dos eventos que participou pelo CTG Estância do Montenegro e pela 15ª Região Tradicionalista. “Nos 8 anos em que o meu esposo, Pedro, esteve à frente da 15ª RT como Coordenador Regional, foi muito valioso o apoio do Jornal Ibiá. Divulgamos nossas participações e conquistas em todos os recantos do nosso Rio Grande do Sul. Então só tenho a agradecer ao Ibiá por ter nos deixado fazer parte desses 41 anos de história”, conclui.

Uma relação de mais de quatro décadas
A relação de alguns assinantes remonta ainda às primeiras décadas de existência do Ibiá. Paulo Renato Petry, 58, conta que no início dos anos 80 começou a trabalhar como vendedor de assinaturas no Jornal Gazeta do Vale. “Havia uma moça que era repórter, alta, loira, muito simpática e falante. Era a Maria Luíza, a Lica. Numa ocasião me falou que estava saindo do Gazeta para criar seu próprio jornal. Nascia então o Ibiá”, relata. A qualidade do novo semanário e também em reconhecimento à coragem das empreendedoras em investir na criação de um jornal fizeram Petry se tornar assinante, relação que mantém há décadas.

Ele lembra que desde a sua criação, o Ibiá passou a ser bissemanal, depois diário e agora circula impresso três vezes por semana, mas sempre focado nos acontecimentos de Montenegro, sem deixar de reservar espaço para os municípios da região. “Reconheço, prestigio e valorizo essa relação umbilical com nossa cidade e com nossa região. Mesmo com as novas tecnologias, continuo prezando pela edição impressa, que na madrugada chega na minha casa”, afirma Petry.

Além de ser assinante, Paulo Renato Petry diz manter um carinho especial pelo Ibiá em razão da filha, Manoela Petry, que trabalhou como repórter durante cinco anos no jornal. “Cada vez que eu abria o jornal e via uma matéria assinada por “Manoela Petry” me enchia de orgulho, pois entendia que essa experiência estava contribuindo de forma indelével na sua formação profissional. Tanto que ela ainda trabalha com comunicação, mas agora para uma empresa de São Paulo. Toda essa caminhada junto ao Ibiá lhe agregou conhecimento e valores que carrega até hoje”, pontua.

Hoje, o mundo é bem diferente de 1983, quando o Ibiá foi criado. O surgimento da internet revolucionou a forma com que as notícias chegam até as pessoas, de forma muito mais rápida e instantânea. Por isso, Petry afirma que manter, nos dias atuais, um jornal que prima pela veracidade das notícias, pela imparcialidade da informação, pelo respeito à individualidade do cidadão, funciona, de certa forma, como um antídoto à enxurrada de informações que chega até as pessoas, muitas vezes sem origem, desconectadas da realidade, sem pesquisa e sem conferência. “O Jornal Ibiá erra? Erra. Falha? Falha. Mas tem na sua gênese a busca pela idoneidade da informação, pela qualidade do que é publicado, pela confiabilidade. Isso me faz permanecer assinante”, conclui.

Ler jornal é um hábito
Assinante do Jornal Ibiá há cerca de 20 anos, dona Inês Endres, 61, destaca que, há alguns anos, o jornal era a única forma de se manter informado sobre o que acontecia em Montenegro e no Vale do Caí. Ela recorda com carinho das publicações que foram realizadas no nascimento dos filhos Guilherme Endres da Rosa, 37, e Gabriel Endres da Rosa, 30. “Os nascimentos dos meus dois filhos foram colocados no jornal. Na época eu ainda não era assinante, mas a avó deles tinha assinatura. Então é algo que ficou marcado na minha história e que lembro até hoje”, pontua.

Ler o Ibiá se tornou hábito de dona Inês durante o chimarrão nas manhãs. FOTO: arquivo pessoal

O hábito de ler o Ibiá também é compartilhado por quem não é assinante. Dona Inês lembra que, mesmo quem não tem condições de adquirir o jornal, acaba pegando emprestado de algum vizinho ou amigo para ver as notícias. “As pessoas gostam de ler, eu já tive várias vezes oportunidade de presenciar isso”, afirma. Depois de mais de duas décadas como assinante, dona Inês relata que hoje ler o Ibiá já faz parte da rotina. “Estamos tão acostumado em ler o jornal durante o nosso chimarrão matinal que não conseguimos mais ficar sem. Então, enquanto tivermos condições vamos seguir assinando”, finaliza.

Divulgação no Ibiá contribui para o fortalecimento da marca das empresas
O Ibiá também tem sido espaço de divulgação de diversas empresas ao longo dos 41 anos de sua existência. São empreendedores que, através do alcance do jornal impresso e dos meios digitais, impulsionam suas marcas, levando as suas mensagens para milhares de pessoas no Vale do Caí. Wagner de Andrade, 32, proprietário da Transportes e Locação Andrade, conta que a relação de sua família com o Ibiá é anterior à criação do seu empreendimento. “Eu trabalho com a empresa faz uns 10 anos, mas eu lembro que meu pai e a minha mãe, lá de antigamente, já anunciavam aniversário, casamento, formatura ou outros eventos importantes da família”, diz.

Ademir mantém no balcão da Lavanderia Onda Azul um exemplar do Ibiá para os clientes que gostam de ler

A decisão de anunciar o trabalho de sua empresa no Ibiá veio pela percepção da boa visibilidade que a marca poderia alcançar. “Quando a gente coloca um anúncio muitas pessoas conseguem enxergar a nossa mídia e ainda mais agora, com as redes sociais, que o jornal também tem um grande alcance”, destaca. Segundo Andrade, ser anunciante do Ibiá ajudou a fortalecer a sua marca na cidade, contribuindo com o crescimento da sua empresa. “Também tenho uma relação bacana com o gerente administrativo do jornal, Alexandre Röder, o Xande. Sempre que a gente se encontra na rua costumamos fazer brincadeiras um com o outro. Além disso, o Ibiá também é nosso cliente na lavagem de carro, então isso é bem legal, temos uma parceria grande”, completa.

Anunciar no Ibiá é uma tradição da família de Wagner de Andrade. FOTO: arquivo pessoal

Ademir Antônio Penz, 63, proprietário da Lavanderia Onda Azul, também é anunciante do Ibiá há muitos anos. Ele conta que em um dos momentos mais importantes da empresa, em 2011, quando ocorreu a mudança de endereço para atual sede, na rua João Pessoa, o jornal foi um importante meio de divulgação. “Na época, a gente fez uma meia página falando sobre os cuidados da lavanderia com o meio ambiente. Porque passamos a fazer a reutilização de 99% da água da lavagem das roupas. Também temos a cortina d’água, que faz a captação da fuligem da roupa e evita de ela ir para o ar, assim contribuindo para a não poluição atmosférica. Então os anúncios sempre dão um bom retorno, uma grande visibilidade, e o pessoal entende o nosso conceito de lavanderia”, comenta.

Na lavanderia Onda Azul, ele conta que são muitos os clientes que vão buscar suas roupas e ficam para ler as notícias no jornal, que fica disponível em cima do balcão. “É uma fonte de informação que tem para as pessoas”, conclui.

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