Homem morto a tiros em bar no Panorama teria rixa com facção criminosa

PAI de 10 filhos tentou se esconder atrás de balcão pensando se tratar de assalto ao estabelecimento

Jeferson da Silva, o “Seco”, de 42 anos, foi morto com disparos de armas de fogo na noite de sábado, 3, em um bar na rua Heitor Müller, no bairro Panorama, próximo à RSC-287, em Montenegro. A Brigada Militar foi acionada por volta das 21h e já encontrou a vítima em óbito, com duas perfurações causadas pelos disparos. Jeferson deixa 10 filhos, esposa e a mãe, que mora a poucos metros do local onde o crime ocorreu. Uma testemunha acredita que a morte possa ter sido encomendada por uma facção criminosa, com a qual a vítima fez inimizade quando esteve preso.

A pessoa, que prefere não ter seu nome divulgado por receio de represália, relata que conhecia Jeferson há anos. Ele era filho único, morava em São Sebastião do Caí – onde tinha comércio de bebidas -, mas vinha a Montenegro quase que diariamente, visitar sua mãe.

A presença dele no bar, onde foi assassinado, também era comum. Por lá ele contava suas histórias de vida. Entre elas, falava dos erros cometidos na juventude. Contudo, negava ter participado de um assalto, ocorrido há mais de 20 anos, que acabou marcando sua última passagem pela prisão.

Teria sido na cadeia que começaram as rixas com os criminosos. Jeferson pagou suas dívidas com a Justiça, mas não apagou as sombras que o perseguiam. “Ele sempre falava que tinha medo desses caras virem atrás dele”, diz a testemunha.

Contudo, quando isso ocorreu, Jeferson não teria se dado conta que era o alvo da ação. “Ele achou que era um assalto ao bar e correu para trás do balcão. Os caras foram até ele e começaram a disparar”, conta o velho conhecido da vítima. Parte dos tiros teriam atingido as costas de Jeferson. Os disparos por pouco também não acertaram uma funcionária do bar.

A dupla de atiradores fugiu do local. Nessa segunda-feira, 5, a Polícia recolheu imagens de câmeras do entorno do estabelecimento. O delegado André Roese, responsável pela investigação do crime, não deu informações sobre o caso. Para ele, conceder qualquer relato à imprensa poderá atrapalhar o trabalho da Polícia.

O corpo da vítima foi sepultado nessa segunda-feira, no Cemitério de Montenegro. “Ele pode ter cometido erros, mas não merecia morrer desse jeito. Ninguém merece uma coisa dessas. E agora, como fica a família dele?”, desabafa a testemunha. Além dos filhos mais velhos, com 20 e 18 anos, Jeferson deixa crianças com 6, 4 e 2 anos, e um bebê de cerca de um mês de vida.

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