Um problema cardíaco tirou a vida do aposentado Luiz Vilmar da Silva, de 68 anos, nessa segunda-feira, 2. Por volta das 7h30min ele sofreu um mal súbito enquanto dirigia sua caminhonete Mitsubishi L200, e acabou morrendo. Durante o ataque, o veículo de Luiz invadiu a calçada e por pouco não atropelou uma senhora que se deslocava para trabalhar.
O que era para ser mais um dia normal para Luiz Vilmar, se tornou seu último dia de vida. Na manhã de ontem, ele foi até a casa de sua afilhada, Victória Fischer, 19, na Rua da Ladeira no bairro Rui Barbosa, para dar uma carona à jovem até seu local de trabalho. Depois disso, o aposentado iria para Portão cuidar dos negócios de sua oficina mecânica, conta Vera Lúcia Fischer, 53, amiga e comadre da vítima.
O imprevisto que mudou a rotina de todos ocorreu na rua Carlos Holfstater. Ao passar mal, Luíz subiu à calçada e bateu em um dos pilares do muro de uma residência. A afilhada sofreu ferimentos na cabeça e no tórax. A moça foi encaminhada ao Hospital Montenegro, onde permaneceu em observação durante essa segunda-feira. Já o padrinho foi socorrido pelo Samu, mas não resistiu. “Ele caiu ao lado dela, quase em cima dela”, conta a mãe de Victória.
Luiz era natural de Portão e morou por algum tempo em São Sebastião do Caí, de onde veio para Montenegro. Na cidade, tornou-se conhecido ao assumir a administração da loja de autopeças Montecar.
Luíz deixa os filhos Juliana, Luiz Fernando e Roberta, e a esposa Jane Terezinha Ramos da Silva com quem era casado há mais de 40 anos. “Domingo de noite eu fui na casa deles. Ele estava bem, tomamos chimarrão e conversamos. Quando ele veio buscar a Victória também estava normal, não parecia que estava sentindo alguma coisa”, detalha Vera. Ela relata ainda que o compadre estava em tratamento contra problemas cardíacos.
Até o fechamento da reportagem, a família não havia definido o horário do sepultamento. Os atos fúnebres estão a cargo da Funerária Forneck Mattana.
Mulher quase foi atropelada
Ainda trêmula com o susto, Nelci Webers, 65, conta que há nove anos trabalha em uma residência próxima ao local onde Luís bateu seu carro. Como de rotina, ela estava na calçada, mas de repente viu que algo estava fora do normal. “Ele acelerou e quando eu vi passou de fininho do meu lado. Eu só dei um pulo e ele passou raspando”, conta a doméstica.
Religiosa, Nelci diz que estava rezando o terço quando tudo aconteceu. “Eu sempre venho fazendo o terço pelo caminho. Acho que por isso não me pegou. Foi horrível”, desabafa. “Não era minha hora”, conclui.