Mais de R$ 800 mil. Empresas da região tiveram papel fundamental para a arrecadação
Paga em setembro de 2020, a verba de R$ 500 mil da Consulta Popular de 2018 foi o pontapé inicial para a reforma de ampliação da obra do Pronto Socorro Regional do Hospital Montenegro (HM) 100% SUS. A obra iniciou no começo de 2021, mas o valor recebido já não era a realidade do investimento para finalização das obras, devido à inflação dos custos da construção civil. Visando dar continuidade ao trabalho, o HM iniciou a campanha de arrecadação em dezembro do mesmo ano. Com ajuda de empresários e pessoas da comunidade do Vale do Caí, o Hospital arrecadou R$ 315.841,00, sendo, deste valor, pouco mais de R$ 82 mil em recurso próprio. Na manhã de quinta-feira, 18, a casa de saúde realizou uma coletiva de imprensa para divulgar os resultados obtidos, que possibilitarão o fim da obra. Carlos Batista, diretor executivo do HM, adianta que não está definida a data de inauguração, mas que deve ocorrer já em setembro.
A obra está sendo feita na parte da trás do Hospital, para o lado da rua Apolinário de Moraes. A área ampliada, de 400 metros quadrados, significará a separação do Pronto Socorro (PS) do Pronto Atendimento (PA), para casos menos graves. O novo espaço foi projetado para ter corredores amplos e um fluxo melhor organizado e com menores distâncias para o atendimento das emergências.
Carlos Batista relembra que, antes da ampliação, o Pronto Socorro contava com dois leitos de vermelha (as cores mostram a classificação de risco), agora, o total será de quatro. Os dois leitos de amarela saltarão para sete e os cinco leitos de observação de antes, agora passarão para sete. Batista destaca que o posto de enfermagem será em formato de aquário, assim, melhorando a visão dos profissionais sobre todos os pacientes. Jean Ernandorena, diretor técnico, explica que a sala amarela é inovadora. Isso porque é toda estruturada para atender a demanda da sua área, mas, graças aos equipamentos utilizados, pode facilmente se tornar uma ala de UTI se ocorrer, por exemplo, uma nova pandemia.
Batista pontua que o novo Pronto Socorro é sinônimo de facilidade para toda a região. “É uma estrutura completamente nova, moderna, dentro dos padrões da Vigilância Sanitária. Isso amplia drasticamente a nossa possibilidade de atendimento. Antes tínhamos salinhas para todos os lados, com difícil manejo, com possibilidade de os pacientes ficarem, de certa forma, mal atendidos”, afirma. Segundo ele, não há perda de tempo para levar o paciente até a ala necessária. Ele aproveitou a oportunidade para agradecer de maneira especial cada empresa doadora. “O apoio destas empresas, que fizeram doações muito generosas, tem importância tremenda. À medida que uma empresa fazia uma colaboração dentro da sua possibilidade, incentivava outras a fazer o mesmo”, salienta.
Eliane Daudt, presidente da Ordem Auxiliadora de Senhoras Evangélicas, a OASE, mantenedora do HM, também agradeceu pelo grande apoio. Ela pontua que o sentimento é de satisfação. “A gratidão em poder apresentar todo este trabalho para a população se sentir melhor, mais bem acolhida e bem instalada, não tem preço. A satisfação é muito grande. Meu coração está pulsando fortemente”.
Um assunto muito importante foi abordado: o possível fechamento do Pronto Atendimento por falta de recursos. Jean Ernandorena relembra que este espaço atende aos casos menos graves, mas é essencial. “Seria uma catástrofe sanitária para região o fechamento, porque atende justamente a parcela da comunidade que não tem sua demanda resolvida nos postos de saúde, as fichas verdes e azuis. O Pronto Atendimento resolve a maior parte dos problemas da região”, sinaliza. “Por isso, continuamos somando forças, para poder ter o custeio”, acrescenta Batista.
Empresas doadoras
BR Incorporadora, Ouro do Sul, Nova Era, Rönnau, Bonina, ImaVida, Biolo, CBC, Imec, Sicoob, Sicredi, Ótica Jorge, Comauto, WA, Irmãos Nedel, Promed, CTU e Agrogen.
