A possibilidade do inspetor de Polícia Civil Leandro de Oliveira Lopes ter sido alvejado por um colega é considerada na investigação a respeito de sua morte. O agente de Canoas foi atingido por um tiro durante cumprimento de mandado em Pareci Novo, na quarta-feira, dia 2. O caso está a cargo da Delegacia Regional do Vale do Caí (1ª Região Policial) e o delegado regional Marcelo Farias Pereira confirmou a informação.
A suposição do chamado “fogo amigo” é considerada, mas somente poderá ser comprovada após os laudos periciais. Além da necropsia, a Polícia enviou para exames o colete usado por Oliveira (que foi transpassado) e o projétil retirado de seu corpo. O delegado observa que devido ao impacto, a munição foi bastante deformada e somente teste balístico revelará o calibre.
“Se for 9 milímetros então é dos marginais. Se for 556 (fuzil) então pode ser da polícia”, explicou. Todavia, comprovado que tenha sido tiro de fuzil, não está afastada a possibilidade de o disparo ter partido da quadrilha que se escondia na chácara, na comunidade do Matiel. Isso por que já não é novidade no Brasil que criminosos portem armamento longo com esse poder de fogo.
O assunto virou polêmica após postura do chefe da Polícia Civil, delegado Emerson Wendt, que emitiu na manhã de sexta-feira (4) emitiu determinação para que a apuração das circunstâncias da morte do policial seja rigorosa. Esse reforço teria sido em decorrência dos comentários entre policiais civis e militares de que o inspetor poderia ter sido vítima de “fogo amigo”.
As buscas aos dois criminosos suspeitos da morte continuam na região do interior de Pareci Novo. Quinta-feira, os agentes de Montenegro cumpriram dois mandados de busca na comunidade interiorana de Bananal; onde na noite de quarta-feira dois moradores haviam sido detidos sob suspeita de associação com os criminosos. Um deles – compadre de um dos acusados – portava celular contendo diversas imagens do cerco policial.
O indivíduo, que não teve o nome divulgado, é apontado como o dono de três armas (duas espingardas e uma pistola) encontradas em outra propriedade. Após ser ouvido na Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA) de Montenegro, foi liberado para responder em liberdade por não haver elementos para justificar o flagrante. O cunhado dele, que estava com o armamento, pagou fiança e também foi liberado.