Educação. Presidente da Fiergs participa da entrega de cólegio em Gravataí no mesmo modelo de Montenegro
Gravataí vai sentir hoje a mesma satisfação que Montenegro experimenta desde 22 de fevereiro deste ano, data em que o Serviço Social da Indústria (Sesi-RS) inaugurou aqui a Escola Sesi de Ensino Médio, na rua Campos Neto, bairro Senai. Lá, como aqui, a comunidade vê nascer um projeto capaz de transformar a vida de centenas de jovens por meio do conhecimento. E o que é melhor: ensino de elevada qualidade sem nenhum custo para os filhos dos trabalhadores da indústria.
Nesta quarta-feira, o montenegrino Heitor José Müller, presidente do Sistema Fiergs, participa do descerramento da fita inaugural da Escola Sesi de Gravataí, a partir das 10h. Trata-se da quarta instituição de ensino que o Sesi concluiu no Rio Grande do Sul, depois de Pelotas, Sapucaia do Sul e Montenegro. Mas outras duas vêm pela frente, segundo o diretor-superintendente do Sesi-RS, Juliano Colombo. “O projeto das escolas de Ensino Médio prevê seis unidades. Já temos quatro em funcionamento e as duas próximas serão São Leopoldo e Caxias do Sul. A previsão de realização das obras para estas duas escolas é 2018 e 2019, com a perspectiva de entrarem em funcionamento em 2020”, antecipa.
Conforme Colombo, a instituição, com 113 alunos, está em aulas desde fevereiro deste ano, assim como em Montenegro, mas a inauguração ocorre apenas agora devido à finalização total das obras. “A escola é gratuita para filhos de trabalhadores da indústria e busca formar os jovens para o mundo do trabalho”, reitera.
Com turno estendido, os alunos têm uma matriz curricular dividida da seguinte forma: 30% Código e Linguagens (português, literatura, línguas estrangeiras, artes, educação física), 50% Matemática e Ciências Naturais (química, física e biologia) e 20% Ciências Humanas (história, geografia, sociologia e filosofia).
“A proposta é atender à proficiência em matemática e em português, básico para qualquer profissão, e a área de ciências naturais, demandas observadas na sociedade em geral e, principalmente, na indústria”, explica o diretor-superintendente.
Em Montenegro, projeto já faz sucesso
Em entrevista ao Jornal Ibiá na tarde de ontem, o diretor-superintendente do Sesi-RS, Juliano Colombo, afirmou que a satisfação é total com relação à Escola de Ensino Médio do Sesi em Montenegro. “A nossa avaliação é muito positiva e temos retornos muito bons”, salienta. Os métodos de ensino inovadores implantados nos colégios sesianos são mais uma prova de que a educação pode, sim, transformar o contexto social e abrir um leque bem maior de oportunidades aos jovens sem acesso à educação de qualidade.
“Temos recebido depoimentos de pais que falam da diferença que seus filhos estão percebendo na escola, quanto à qualidade e ao modelo de ensino. Alguns relatam da motivação que seus filhos estão tendo em estudar na Escola Sesi. Nota-se que estes alunos estão mais autônomos e engajados no desenvolvimento dos projetos.”
Nesses três meses de atividades, o período é ainda de adaptação. Juliano narra que o maior desafio para os alunos está no turno integral, um sistema de ensino ao qual os estudantes não estavam acostumados. Nada, porém, que não será superado pelas famílias. Até porque uma das linhas mestras do modelo de ensino é o envolvimento dos pais, que, diz o superintendente do Sesi, “está acontecendo de forma muito intensa”.
Foco no desenvolvimento integral do aluno
Os alunos da Escola do Sesi têm à disposição salas-ambiente para as áreas de linguagens, matemática e ciências humanas, laboratórios para as atividades de ciências da natureza e infraestrutura específica para as aulas de teatro e música. A escola trabalha pelo desenvolvimento integral do estudante, que é instigado a resoluções de problemas pautados pelo mundo do trabalho. O uso de tecnologias e o respeito às culturas juvenis se fazem presentes em todo ambiente escolar.
O ensino se dá por projetos de pesquisa ativa e oficinas, estímulo ao desenvolvimento, capacitação, experimentação, visitas técnicas e encaminhamento para escolhas profissionais (com base também no interesse do aluno). A trajetória é acompanhada por um professor, chamado de articulador, que o orientará em seu projeto de vida. A intenção é que todos os alunos cresçam a partir de estudos de reconstrução, atividades de apoio ou desafios, conforme o ritmo de cada um.
A partir do segundo ano, inicia a parceria com o Senai-RS em cursos de qualificação profissional em eletricidade e automação. Outros desafios também serão propostos como os projetos de Educação Financeira, Robótica e Passaporte para o Empreendedorismo. “A intenção da escola é que, ao final do Ensino Médio, o aluno tenha desenvolvido competências de leitura, escrita e resolução de problemas, dominando não só saberes necessários para a excelência acadêmica, mas também para a sua plena inserção no mundo do trabalho”, destaca Colombo.