Greve Nacional da Educação marcada para hoje denuncia a insatisfação dos educadores

Convocada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), para demonstrar a insatisfação da categoria com a Reforma da Previdência, a Greve Nacional da Educação ganhou novos contornos nas últimas semanas. A manifestação, gerada pelo bloqueio de 30% das verbas de universidades e institutos federais, que inviabiliza o funcionamento das instituições, e o corte generalizado de bolsas de pesquisa, ocorre hoje, 15, em todo o país. Em Porto Alegre, a concentração é em frente ao Instituto de Educação, na avenida Osvaldo Aranha, a partir das 14h. Alegrete, Canoas, Cerro Largo, Cruz Alta, Erechim, Rio Grande, Santa Maria, Pelotas e Osório são algumas das cidades que também realizarão manifestações.

Segundo a diretora geral do 5º núcleo da CPERS/Sindicato e professora Juliana Marques Kussler, em Montenegro, nenhuma escola comunicou à entidade sobre sua paralisação por enquanto. “Sendo assim, quem paralisar as atividades deverá ir a Porto Alegre participar do ato unificado”, explica. A manifestação visa chamar atenção da sociedade para o desmonte em curso em todos os níveis da educação e também acumular forças para construir a greve geral do dia 14 de junho, em defesa da aposentadoria. “Há parcelamento de 13°, atraso de salários, precarização das escolas, contratação de educadores apenas até o final de dezembro, aí demite e contrata só em março novamente. Há professores e funcionários faltando em todas as escolas do Estado. E nada de contratação, tudo super demorado. Sabemos que isso é proposital para precarizar o ensino público e posteriormente privatizá-lo”, denuncia Juliana.

“Como professores estaduais, estamos entre os mais atingidos pela Reforma da Previdência e não temos como deixar de falar dos ataques à universidade pública. Nós trabalhamos para que os alunos acessem o ensino superior e o povo precisa entender que estão atacando o futuro dos seus filhos”, explica a presidente do CPERS, Helenir Aguiar Schürer.

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