Paralisação. Deve haver pouca ação do movimento em Montenegro
Centrais sindicais por todo o Brasil convocaram para essa sexta-feira, 14, uma “greve geral”. O movimento protesta contra a Reforma da Previdência proposta pelo Governo Federal que, segundo as entidades, não ouviu o trabalhador e terá neles os principais prejudicados. O governo, na outra ponta, afirma que é só por meio da Reforma que o país vai acertar suas contas e voltar a crescer economicamente. São previstos atos em todo o país, mas, pelo que apurou a reportagem, deve haver pouca movimentação em Montenegro.
Ao que tudo indica, a atividade mais marcante será dos professores, liderados pelo Cpers. Conforme a secretária geral do núcleo local, Clara Cristiane Plentz, os educadores estão sendo convidados a se reunirem para uma caminhada durante a tarde, com a distribuição de panfletos informativos. Os participantes devem se reunir a partir das 14h, na sede do núcleo. “Vamos lutar por nossos direitos, aposentadoria mínima e educação de qualidade”, clama a secretária.
Não foi confirmada a quantidade de professores que deve deixar a sala de aula para participar da manifestação. Nos grupos das redes sociais, o sindicato enviou uma mensagem para sensibilizar os trabalhadores. “Ser professor e não lutar por seus direitos seria uma contradição […] A greve é nosso instrumento de luta para manifestar nossa discordância, pois, mais uma vez, é o povo a pagar a conta pela má gestão dos governos”, coloca o texto.
Na Região Metropolitana, o impacto maior deve ser o movimento dos metroviários. O sindicato da categoria confirmou que, durante toda a sexta, nenhum trem vai funcionar, o que vai impactar muita gente que utiliza o serviço.
Em entrevista, o presidente da CUT disse, que, seguindo o exemplo, está sendo buscada a adesão também dos rodoviários. Trabalhadores de Canoas, Novo Hamburgo e São Leopoldo, inclusive, já sinalizaram a parada. Em Montenegro, porém, a Vimsa garantiu em suas redes sociais que todos os ônibus estarão operando normalmente.
Vindos de um movimento pela mesma causa durante o Dia Internacional da Mulher, o Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Montenegro colocou que não participará nesta sexta. Embora exista uma orientação de apoio vinda da Fetag, que orienta que as sedes sejam fechadas para que os funcionários e associados se aliem às mobilizações, a presidente, Maria Regina da Silveira, explica que foi acordado pela não participação entre os representantes do Vale do Caí. “Se só a gente fizesse, assim, pipocado, não teria efeito. Teria que ser todos juntos, então não vamos fazer”, coloca.
Outros sindicatos locais, por sua vez, optaram por irem para fora da cidade. A ideia é encorpar o movimento em locais pontuais.
Reforço aos de fora
O Ibiá contatou lideranças entre os caminhoneiros, que negaram a parada. “Vamos trabalhar”, pontuou o motorista João Rosa, um dos líderes locais durante paralisação da categoria em maio de 2018.
Até a tarde de quinta-feira, o Sindipolo ainda não tinha definição quanto a qualquer participação vinda do Polo Petroquímico de Triunfo. O mesmo informou o Sindicato dos Metalúrgicos. O Sindicomerciários colocou que participará de um ato junto à sub-sede de Triunfo, com representação dos dirigentes montenegrinos. Durante todo o dia, estarão sendo distribuídos panfletos sobre a Reforma; e a atividade principal está marcada para as 17h, na Praça Bento Gonçalves.
O Sindicato dos Bancários do Vale do Caí também confirmou a tendência do reforço ao movimento de outras cidades. Não foi divulgado, no entanto, onde nem em que quantidade.
Pelo Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Alimentação, o presidente, Celestino Netto, conta que o movimento também não será em Montenegro. “Vamos estar mobilizados em Taquari, com uma grande movimentação, e também com dois outros grupos em Lajeado”, explica. Ele adianta que, lá, é esperada alguma atividade pela rodovia ou no acesso ao centro da cidade para fortalecer o impacto da ação.