Protesto. Mesma com sensibilização da sociedade, instituições que ficam no município registram baixa aderência
A greve decretada pelos professores estaduais completou um mês na sexta-feira. Anunciada no dia 6 de setembro, ela foi resultado do parcelamento dos salários dos servidores pela 21ª vez. Na época, alguns chegaram inclusive a registrar BO contra o governo estadual pela ilicitude da ação.
Apesar de fortemente apoiada pela sociedade, que se sensibilizou com a situação dos trabalhadores que chegaram a passar necessidades sem receber, a aderência à greve foi abaixo do esperado no município. O Colégio Estadual Dr. Paulo Ribeiro Campos, o Polivalente, foi o único a parar integralmente e segue assim até hoje.
O governo estadual, na tentativa de frear os recursos judiciais registrados contra ele e demonstrar certo apoio à situação dos servidores públicos, enviou um projeto de lei à Assembleia Legislativa para compensar os trabalhadores pela diferença entre o dia certo do recebimento do salário e o dia em que ele foi, de fato, recebido. Esse ajuste, no entanto, prevê a correção pelo índice da poupança e acabou por gerar ainda mais indignação, pois o percentual se distancia muito das taxas de juros das contas pagas em atraso, por exemplo.
Em setembro, o governo mudou a folha, optando pagar primeiro os servidores com salários de até R$ 1.750,00. Sem o recebimento de todos igualmente, as medidas desagradaram o magistério. Não há previsão do fim da greve.
Confira a situação atual das escolas locais
Colégio Estadual Ivo Bühler (CIEP) – Havia paralisado parcialmente, mas já está com os professores retornando a partir de hoje. Pode ser que algum ainda siga em greve.
Escola Estadual de Ensino Fundamental Adelaide Sá Brito – Apenas um professor aderiu à greve. Aulas normais.
Escola Estadual de Ensino Fundamental Dr. Jorge Guilherme Moojen – Nenhum professor em greve. Aulas normais.
Escola Estadual de Ensino Fundamental Cel Januário Corrêa – Segue com paralisação parcial de três professores. Aulas normais.
Escola Estadual de Ensino Fundamental Yara Ferraz Gaia – Nenhum professor em greve. Aulas normais.
Escola Estadual de Souza Moraes – Nenhum professor em greve. Aulas normais. Fez apenas um dia de paralisação no dia 29 de setembro.
Escola Estadual de Ensino Fundamental Osvaldo Brochier – Não conseguimos contato com a direção até o fechamento da edição.
Escola Estadual Tanac – Alguns haviam aderido no início do movimento, mas já retornaram. Aulas normais.
Escola Estadual de Ensino Fundamental Cel. Álvaro De Moraes – Nenhum professor em greve. Aulas normais.
Escola Estadual de Ensino Fundamental Aurélio Porto – Nenhum professor em greve. Aulas normais.
Escola Estadual de Ensino Médio Delfina Dias Ferraz – Não conseguimos contato com a direção até o fechamento da edição.
Escola Estadual Técnica São João Batista – Havia aderido com mais da metade do seu corpo docente. Não conseguimos contato com a direção até o fechamento da edição.
Colégio Estadual Dr. Paulo Ribeiro Campos – Polivalente – Permanece como a única escola com 100% de aderência à greve. Segue acompanhando as diretrizes do Sindicato (Cpers).
Colégio Estadual A J Renner – Havia aderido parcialmente. Não conseguimos contato com a direção até o fechamento da edição.