Depois uma semana de greve, funcionários dos Correios retomam as atividades. A decisão foi tomada após o Tribunal Superior do Trabalho (TST) decidir que 70% dos empregados da estatal mantivessem as atividades da empresa, os trabalhadores suspenderam a paralisação em todo o País. Com a deliberação, os Correios vão manter as cláusulas do Acordo Coletivo de Trabalho 2018/2019 até o dia 2 de outubro, data do julgamento do dissídio pelo Tribunal.
De acordo com Sindicato dos Trabalhadores em Correios e Telégrafos do Rio Grande do Sul (Sintect-RS)), os grevistas reivindicam reajustes salariais de 3,25% (reposição da inflação), manutenção de benefícios como a permanência de pais e mães no plano de saúde e coparticipação, continuidade de percentual de férias, entre outros direitos conquistados. Além disso, a categoria também é contra a eventual privatização da estatal.
“Quando nós entramos em greve, não tínhamos nada de proposta. A empresa não aceitava falar de acordo coletivo conosco, então, conseguir a prorrogação do acordo coletivo até o dia 2 foi um avanço”, disse o diretor do SINTECT-RS e da Federação Nacional dos Trabalhadores dos Correios, Evandro Leonir da Silva. “Nós entendemos a dificuldade que o Brasil se encontra, mas esperamos manter nossas cláusulas sociais e chegar a um índice próximo do INPC”, salientou o sindicalista sobre as expectativas para o julgamento do dissídio.
Em nota, os Correios afirmaram que, ao longo dos dois meses de negociação, buscaram construir uma proposta de acordo coletivo dentro das condições financeiras suportadas pelo caixa da empresa. Para os Correios, as federações reivindicam vantagens impossíveis de serem concedidas no momento. Ainda na nota, a empresa afirma que, por meio do julgamento do dissídio, espera chegar a um entendimento razoável sobre o acordo coletivo.