Na noite dessa quinta-feira, 9, o Grêmio foi rebaixado para a Série B pela terceira vez em sua história. Mesmo com a vitória por 4 a 3 sobre o campeão Atlético-MG, o tricolor não conseguiu deixar a zona de rebaixamento, lugar que frequentou em 37 das 38 rodadas da competição. Além de vencer o galo, o Grêmio ainda precisava de derrotas de Bahia e Juventude na rodada. O time baiano até perdeu para o Fortaleza, por 2 a 1, mas o Juventude venceu o Corinthians por 1 a 0, com gol marcado na reta final da partida, livrou-se da segunda divisão e decretou a queda gremista.
O rebaixamento do Grêmio parece inexplicável quando olhamos para o campo e vemos um time repleto de jogadores consagrados e qualificados. As finanças em dia também vão contra a “cartilha da queda”. No entanto, a sucessão de erros cometidos pela direção nesses últimos anos fez o tricolor sucumbir. Contratações equivocadas de jogadores, quatro treinadores (Renato Portaluppi, Tiago Nunes, Felipão e Vagner Mancini) na temporada e as constantes mudanças no estilo de jogo influenciaram para o descenso.
Agora, o presidente Romildo Bolzan Jr. terá que repensar muita coisa. O mandatário gremista é considerado pela torcida um dos principais culpados pelo fracasso da equipe na temporada. Exaltado nas conquistas recentes da Copa do Brasil (2016) e da Libertadores (2017), Romildo empilhou erros em 2021 e terá que, além de reformular o caro plantel rebaixado, colocar os pés no chão e planejar 2022 corretamente, para que o Grêmio não repita o Cruzeiro, que vai disputar a segundona pelo terceiro ano seguido.
A atual folha salarial do plantel, que gira em torno de R$ 14 milhões por mês, precisará ser reduzida pela metade para a disputa da Série B. O clube também terá que lidar com a perda de receitas. A queda de 2021 é muito mais dolorida para o torcedor que em 1991 e 2004. O rebaixamento vai muito além dos resultados do campo, e o Grêmio precisa saber disso para retornar à elite em 2023.