Em reunião nessa quarta-feira, 11 de maio, a Administração Municipal deu por encerradas as negociações do grupo de trabalho que estudava alternativas para resolver o impasse sobre a reposição salarial dos professores. Não houve acordo entre as partes.
O grupo de trabalho era formado por membros do governo, do sindicato dos professores e da Câmara de Vereadores; e tinha sido criado em março. Ele foi resposta à pressão da categoria contra o projeto de lei que desvinculava o nível 1 do plano de carreira do magistério, retirado com a promessa da busca por novas alternativas aos educadores. A desvinculação havia sido a alternativa encontrada pela Administração para conceder a variação do piso nacional do magistério, de 33,24%, apenas aos profissionais do nível 1 que, sem a mudança, ficaram recebendo abaixo do piso nacional. Os demais, já acima do piso, ficariam com a já concedida reposição da inflação de 2021, em 10,06%.
Houve pouco avanço desde então. Segundo o Sinpedu, sindicato que representa os professores municipais, surgiu na comissão uma proposta de reajuste salarial na casa de 2% aos professores, para além da reposição da inflação. Além disso, duas alternativas que, ainda que em formatos diferentes, culminavam na desvinculação do nível 1 do plano de carreira. Em assembleia, a categoria não concordou.
“Nos mantemos firmes na ideia de não querer a desvinculação, que trará grandes prejuízos ao nosso plano de carreira. Agora, teremos uma reunião com os vereadores buscando o apoio deles”, adiantou a presidente do sindicato, professora Lucied Proença. A reunião com o Legislativo ocorre na próxima quinta-feira, às 17h30. Não se fala na possibilidade de greve.
Questionado pelo Jornal Ibiá, o governo municipal que, no início do mês, havia informado que não tinha prazo para encerrar as negociações, respondeu que elas foram encerradas “por falta de acordo”. “A Administração deve definir os novos encaminhamentos nos próximos dias”, informou. O principal argumento para a não concessão linear dos 33,24% a todos os professores – sem a desvinculação – é que a alta poderia ferir o limite de gastos da Prefeitura com pessoal.