Em apoio aos municípios que buscam garantir recursos federais para concluir a duplicação da BR-116, o governador José Ivo Sartori recebeu, no Palácio Piratini, um comitê regional de mobilização que defende urgência na continuação das obras. A comitiva é formada por prefeitos, vereadores, deputados e entidades empresariais e de ensino. A princípio, estão previstos R$ 59 milhões para o orçamento deste ano. Para a conclusão da duplicação são necessários R$ 600 milhões.
Sartori recebeu uma moção do movimento expondo os riscos da obra não ser finalizada e os benefícios do aporte de recursos que ainda faltam para terminar o trecho Guaíba-Pelotas, como desenvolvimento regional e baixa no índice de acidentes fatais de trânsito.Hoje o governador foi para Brasília e disse que iria entregar para o presidente Michel Temer os documentos.
A busca por mais repasses federais já era discutida pelo governo do Estado desde 2015, conforme explicou o secretário de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, Fábio Branco, que acompanhou a audiência. “É um tema defendido pelo Estado por ligar ao Porto de Rio Grande e gerar desenvolvimento e qualidade de vida à população. O comitê de mobilização reforça uma reivindicação estadual, fortalecendo o engajamento para que o Estado priorize a solicitação dos recursos junto ao governo federal”, avaliou.
Demora desvaloriza Região Sul
A duplicação é dividida em nove trechos, executados por diferentes empresas. Hoje, 59% estão concluídos com gastos de R$ 613,9 milhões. Conforme o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), na rodovia estão paralisados os lotes 2, 3, 5, 6, 7. Já as obras dos lotes 1, 4, 8, 9 seguem em ritmo lento. São necessários R$ 600 milhões, mas estão previstos somente R$ 59 milhões para 2017. Segundo a Superintendência do Porto de Rio Grande, mais de 70% das cargas embarcadas e desembarcadas nos terminais da cidade transitam pela rodovia.
Presidente do comitê de mobilização, o prefeito de Jaguarão, Favio Telis, afirmou que a demora causa transtornos para os municípios da região. “Sem falar da situação econômica estagnada.
Saímos (da audiência) com a associação do governador como parte da nossa comissão para liderar esse movimento e conseguirmos recursos para concluir a BR-116”, ressaltou.
“Neste momento, não há obra mais importante para o estado. É importante economicamente, no aspecto humano e também pela valorização dos recursos públicos, que estão se deteriorando sem que a duplicação termine”, concluiu a prefeita de Pelotas, Paula Mascarenhas.
Integram o comitê a Associação dos Municípios da Zona Sul (Azonasul), Corede-Sul, Alianças Pelotas e Rio Grande, Prefeitura de Pelotas, Centro de Indústrias de Pelotas, Câmara de Vereadores de Pelotas e Polícia Rodoviária Federal.