Vigilância Epidemiológica de Montenegro notificou cinco casos neste ano, entre os quais só um resultou em óbito
A Secretaria Estadual da Saúde divulgou um alerta aos profissionais de saúde para que estejam atentos a possíveis casos de meningite. No Rio Grande do Sul, durante este ano, já foram registrados 59 casos e nove óbitos por meningite do tipo meningocócica, que é transmissível.
Conforme a SES, o maior número de ocorrências da doença se concentra em Porto Alegre e Canoas. No último final de semana, a secretaria de Saúde de Canoas registrou dois casos em crianças. E, na capital gaúcha, há uma criança de três anos internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
Em Montenegro, neste ano, o setor de Vigilância Epidemiológica do município notificou cinco casos de meningite, dos quais um confirmado pela bactéria meningococo, um tipo de alta transmissibilidade respiratória. A enfermeira responsável Kátia Kern de Jesus acrescenta que se trata de uma criança de um ano, residente em Triunfo, que se recuperou e já recebeu alta do hospital. Entre os outros quatro, causados por agentes diversos, houve um óbito de uma mulher de 82 anos, moradora de Montenegro.
No ano passado, a Vigilância do município notificou 12 casos de meningites no Sistema de Informação de Doenças Compulsórios, dos quais seis foram confirmados e outros seis, descartados.
Kátia observa que as meningites são doenças que ocorrem em qualquer época do ano, sendo que, no inverno aumentam devido a ser mais comum os ambientes fechados, o que propicia a transmissão de infecções. “São doenças comuns que sempre existirão devido aos vários agentes transmissores”, resume.
A profissional recorda que, em 2001, houve um surto de meningite bacteriana, quando várias pessoas foram acometidas pela meningococo tipo C. Após aquele ano, no entanto, a enfermeira afirma que não foi registrado novo surto da doença.
Kátia afirma que a prevenção é a melhor forma de evitar a doença e que há vacinas contra a bactéria meningococo tipo C, Haemophilus e pneumococo, que estão disponíveis no calendário básico de vacinação das crianças.
prevenção
– Manter ambientes arejados; lavar frequentemente as mãos e, principalmente, antes das refeições; manter boa higiene pessoal e nos ambientes; usar materiais de higiene pessoal individualizados; evitar ficar em ambientes fechados com as pessoas; diante de alguma foco infeccioso, tratar corretamente, sob orientação médica; procurar o médico quando surgirem esses sintomas; manter uma alimentação saudável e praticar exercícios físicos regularmente.
sintomas
– Dor de cabeça, febre, cefaleia, vômito, rigidez de nuca, podendo haver convulsão e manchas vermelhas no corpo;
– nas crianças, ocorre choro intenso, febre, rigidez de nuca, abaulamento da fontanela, irritabilidade, recusa alimentar.